A vida é feita de escolhas
A vida é feita de escolhas! Esta assertiva é das mais antigas e das mais desgastadas, mas com irritante pertinência. O Clube Atlético Paranaense fez suas escolhas.
Detenho-me somente às mais recentes. Em 2011 optou-se por jogadores veteranos, os famosos rodados, contratados mediante empréstimo, e também se deu a opção por responsabilizar somente os técnicos/treinadores pelos equívocos do futebol atleticano. Nunca é demasiado lembrar que a contratação/demissão de um treinador é atributo, responsabilidade da direção do clube. O resultado destas opções nós conhecemos: um elenco inchado e descomprometido com os destinos do Clube Atlético Paranaense, falta de um padrão de jogo e o rebaixamento.
A esta situação some-se o panorama político, bastante tumultuado, no mais puro estilo cada pessoa remando em uma direção. A crise política não era de 2011 nem é de 2012, provavelmente ela começou por volta de 2010 com a confirmação do estádio Joaquim Américo como sede uma das sedes da Copa do Mundo. É de conhecimento de toda a torcida atleticana que a crise política do clube tem íntimas ligações com a Copa de 2014. Foram as escolhas feitas produzindo seus resultados.
Dentre as escolhas de 2012, a meu ver, e como já expressei nesta coluna em outros momentos, o acesso à Primeira Divisão não se faz presente. Como escolhas são, em grande medida, atos de definições de prioridades, aparentemente, subir à Primeira Divisão não é prioridade ao Atlético neste momento. Por que se fosse já se teria definido desde o ano passado onde jogaríamos a Segunda Divisão, e não se viveria a ‘bela’ situação que vivemos há pouco de ‘onde o Atlético jogará a próxima partida’, teria-se definido um treinador para ficar no Clube durante a temporada toda, fórmula ‘mágica’ que todas as equipes que venceram esta competição nos últimos anos fizeram.
A vida é feita de escolhas, assim o Atlético podia me contar as dele, por exemplo, dizer que a prioridade absoluta é o estádio, a Copa 2014 e não futebol aquele de dentro do campo. Podiam ter me contado isso de saída, pois daí eu não ficaria perturbando por causa do fiasco do Campeonato Paranaense, o papel ridículo na Copa do Brasil e a muito provável permanência na Segunda Divisão por mais uma temporada.