Justiça Desportiva

O departamento jurídico do Atlético, chefiado pelo advogado Domingos Moro, terá na próxima segunda-feira, dia 13 de agosto, a missão de tentar reduzir ao máximo a pena que provavelmente será imposta ao goleiro Rodolfo, flagrado em exame antidoping na Série B do Campeonato Brasileiro pelo uso de cocaína. A sessão no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), comandada pela Primeira Comissão Disciplinar, terá início às 17h.

Assim que o clube rubro-negro foi comunicado da suspensão preventiva de Rodolfo, no dia 24 de julho, a defesa já começou a trabalhar. O goleiro foi flagrado em exame feito por Rodolfo após o jogo contra o CRB/AL, no dia 9 de junho.

Rodolfo responderá a denúncia com base no artigo 2º, item 2.1, do Código Mundial Anti-Doping (CMAD), pela “presença de uma substância proibida ou de seus metabólicos ou marcadores em uma amostra colida do atleta”. A pena prevista é de suspensão por dois anos.

O clube, na defesa prévia enviada por escrito ao STJD, destacou que este foi o primeiro resultado positivo em exame antidoping de um jogador vinculado ao Atlético/PR. E ressalta que este caso é diferente de todos os outros semelhantes no futebol brasileiro e mundial, já que não se trata apenas de um caso de doping por drogas sociais, mas sim um caso de um atleta que é confessadamente dependente químico.

A defesa ainda expõe que Rodolfo advém de classe baixa da sociedade, e que desde a infância convivia com o uso e comércio de drogas. E ainda cita o artigo 47 do Regulamento Antidoping da Fifa, que diz que “a juventude e a falta de experiência são fatores relevantes a serem avaliados na determinação do jogador ou culpa da outra pessoa nos termos”.

O Atlético/PR pede que seja analisado que o consumo não objetivou qualquer ganho de desempenho, ao contrário de outras substâncias, e que a cocaína compromete o desempenho físico e psíquico do atleta.

O clube ainda deverá levar o médico do Atlético/PR, Luiz Sallim Emed, para prestar depoimento no STJD. Rodolfo também é presença certa para o julgamento na próxima semana, e deverá tentar sensibilizar os auditores