13 set 2012 - 10h26

Pra não sair mais do G4

O ano de 2012 mal havia começado e a torcida atleticana já sabia o quanto ele seria difícil. Com o coração em pedaços, o torcedor engoliu a queda praticamente anunciada e, no seu consciente, preparava unhas, cabelos e uma boa dose de paciência. Se não bastasse a difícil missão de encarar os percalços da Série B, jogar longe de Curitiba também exigiu um pouco mais da nação rubro-negra.

Um time inteiro novo, três técnicos diferentes e com a volta dos jogos em Curitiba, hoje o Furacão está entre as quatro primeiras equipes que lutam para voltar à Série A. Sob o comando de Ricardo Drubscky, já são nove partidas sem perder no campeonato – sete vitórias e dois empates. Com a melhor defesa do certame, atualmente o Furacão ocupa o quarto lugar na tabela, com 43 pontos em 23 partidas – 13 vitórias, quatro empates e sete derrotas, com 37 gols pró e 20 gols contra.

Quatorze jogos separam o Furacão do lugar que lhe é merecido: a elite do futebol brasileiro. Com o time em ascensão, a caminhada começa neste sábado, diante do Goiás, às 16h no Serra Dourada. Depois de encarar o Joinville no returno, será o primeiro grande confronto direto contra um adversário que também briga pelo acesso. Uma vitória em Goiânia garante, ao menos, a terceira posição para o Rubro-Negro, que ainda torcerá por um tropeço do Criciúma para ficar na vice-liderança.

Para o comandante rubro-negro, é preciso cautela, mas a equipe atleticana já deu mostras que pretende ficar entre os primeiros colocados. “Vamos com calma. Foi mais um resultado positivo que deixa o grupo entusiasmado. Estamos chegando, mas ainda faltam 14 rodadas. De qualquer forma, o time já dá sinais de que veio para ficar”, garantiu Drubscky.

O jogo é aguardado com bastante expectativa pelos torcedores, empolgados com a boa fase que vive a equipe rubro-negra. “Nosso Furacão parece ter tomado o rumo que todos esperavam, o das vitórias. Com o Atlético sempre foi assim, quando menos esperamos as coisas começam a acontecer e se vê o brilho nos olhos dos torcedores que nunca deixarão o Furacão, seja qual for a sua situação. O Drubscky conseguiu dar a cara, a raça e a união da torcida rubro-negra em seu time. Sabemos que quando o Atlético embala de verdade é difícil segurar! Vamos pras cabeças”, espera o biólogo André Penteado.

A ascensão na Série B também empolga os torcedores que andavam desconfiados quanto ao desempenho atleticano na competição. “Confesso que cheguei a pensar que não subiríamos, já que o time não fechava e a troca constante de técnicos junto a brigas políticas deixava o clima tenso. Mas agora com essa sequência de bons resultados voltei a ter confiança no acesso. Agora é o momento de união entre todos que amam o Atlético. Entramos no G4 e o ideal é não sairmos mais”, opina a jornalista Márcia Magalhães, que não deixa de acompanhar diariamente o Furacão, mesmo morando no Rio de Janeiro. “Sempre fui a todos os jogos e a distância do calor do estádio me deixa um tanto melancólica. Sempre acompanho como posso, seja pela televisão ou pela internet, e fico nervosa como se estivesse lá. Me emociono quando escuto a torcida cantando e mais ainda em pensar que finalmente esse pesadelo da Série B parece estar chegando ao fim”, conta.

Na última terça-feira, a nova goleada do Furacão, desta vez sobre o CRB, fez ecoar gritos de “O Furacão voltou” nas arquibancadas do Ecoestádio. Na mente e no coração daqueles mais de quatro mil rubro-negros presentes na partida e de todos os milhares de atleticanos espalhados pelo Brasil e pelo mundo, o sentimento foi o mesmo. Por isso, que a força esteja com Weverton, Maranhão, Naldo, Cleberson, Pedro Botelho, Deivid, João Paulo, Elias, Henrique, Marcelo e Marcão, a provável equipe que sobe ao campo do Serra Dourada neste sábado. Pra ficar no G4!



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