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3 out 2012 - 17h00

Mais de suburbana

Jogar no Furacão é sinônimo de responsabilidade.

Sábado confirmei o quanto pesa a camisa do nosso querido Clube Atlético Paranaense. E olha que não foi no jogo contra o Bragantino, mas sim numa partida da suburbana de Curitiba, especificamente no confronto Bairro Alto x Iguaçu.

Como já disse noutra ocasião neste espaço, o que já havia sido divulgado pela Furacao.com, a equipe do Bairro Alto conta com vários ex-jogadores do Furacão, quais sejam: Rogério Correa, Marcão, Alex Mineiro e Douglas Silva. Diz-se que trarão o goleiro Flávio para os próximos jogos. Por outro lado, o Iguaçu conta com Luizinho Netto que, aliás, é o capitão do time. Ao lado do nosso capitão (Iguaçu), peleiam os ex-paranistas Luciano (zagueiro) e Hideo (meia), e os ex-coxas Flávio (zagueiro), Vilson (goleiro) e Laércio (centroavante). No jogo de sábado, não atuaram Alex Mineiro e Douglas Silva que, segundo informações dos torcedores do CABA, não puderam comparecer (sic).

Iniciada a partida, já deu para sentir o quanto Rogério Correa e Marcão eram cobrados pela torcida, diretoria e imprensa que acompanhava a partida, pois tinham o status de ex-profissionais do Atlético. Sinceramente, deu dó! Não só queriam que os dois resolvessem tudo sozinhos, como também acreditavam nisso. Parecia que era Marcão e Rogério Correa contra o resto. Ao contrário, nada se comentava acerca do zagueiro Flávio, que, inclusive, já atuou pela Seleção Brasileira. Aliás, pelo lado do Iguaçu, exigia-se apenas de Luizinho Netto.

Assim, bola rolando, o Bairro Alto jogando em casa, com o apoio de grande torcida, fez 1×0 de pênalti, depois de “bola na mão” do nosso Ricardinho, que também é liso de bola. Nisso, escutava-se muito na arquibancada os nomes de Rogério Correa e Marcão. Mas, como o Iguaçu é um time maduro, de bom preparo físico, e que tem jogadores que chamam a responsabilidade, como Douglão (volante), Emerson (zagueiro), Guilherme (atacante), Nilvano (meia) e Murilo (volante), não demorou para tomar conta da partida e empatar o jogo após cobrança de falta de Luizinho Netto na cabeça de Douglão. 1×1 e intervalo de jogo.
Iniciada a etapa complementar, viu-se que nem Marcão e nem Rogério Correa conseguiriam segurar o ímpeto do Iguaçu. Porém, 1×1 a no placar e eis que Laércio é expulso após simular pênalti (já tinha um amarelo). Aos arredores do alambrado já se ouvia: “agora tá no papo, com Marcão e Rogério Correa na defesa e eles sem centroavante…”, e festa da torcida do CABA. Isso é só um mínimo da responsabilidade que se remetia a eles, os quais, na verdade, tinham apenas o auxílio do meia Massai no time para segurar o Iguaçu. E deu no que deu, poucos minutos após a expulsão de Laércio, novamente em jogada de bola parada de Luizinho Netto e cabeçada de Douglão, o Iguaçu, com um jogador a menos e tomando conta da partida, faz 2×1, o quê ainda foi aumentado em jogada similar com complementação do centroavante Marlon, que entrou muito bem na partida. Resultado final: Bairro Alto 1 x 3 Iguaçu, uma vitória incontestável.

Daí que fiquei pensando: como pode toda aquela gente querer que apenas dois jogadores, no caso Marcão e Rogério Correa, resolvessem a situação de um time inteiro? Aliás, contra uma equipe com vários ex-profissionais bons e outros jogadores muito bons. Essa responsabilidade se deu pelo fato de, não só terem vestido a camisa do Furacão, mas também terem êxito quando estiveram no CT do Caju. Inclusive, quando o jogo estava 1×1 no segundo tempo, o centroavante do Bairro Alto teve uma chance clara de gol e desperdiçou, o quê fez com que vários torcedores, inclusive do Iguaçu, falassem: “o Alex Mineiro não perdia esse tipo de gol no Atlético”.

Nisso tudo, vejo que cada atleta, antes de resolver assinar contrato com o Atlético, deveria ter plena consciência da responsabilidade que estará assumindo não só como jogador profissional, mas como pessoa que queira andar todos os dias de cabeça erguida, porque haverá sempre muita cobrança pelo fato de ter vestido a camisa do Furacão.

Para finalizar, sinceramente, não queria que Rogério Correa e Marcão tivessem passado pelo que passaram neste sábado, quando foram acuados pelo Iguaçu em seus próprios domínios, até mesmo pela gratidão que tenho a eles quando dos tempos de Furacão, mas é o ônus de ter jogado para o time que tem a maior torcida do Paraná e uma das mais fanáticas e vibrantes do Brasil, ônus este que Luizinho Netto tem transformado em virtude, sendo um verdadeiro líder em campo.



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