Quem sabe… uma alternativa?
Eu conheço e convivo com o Atlético desde 1949, quando ainda um menino de 12 anos, levado pelas mãos do meu irmão, ia assistir aos jogos daquele time, que pela brilhante campanha, acabou sendo cognominado de Furacão.
Nesta época, na pequena cidade de Cruzeiro do Sul, no Rio Grande do Sul, vivia um garoto que sequer imaginava que um dia se tornaria presidente deste clube – diga-se de passagem, o presidente mais realizador, que fez profundas alterações, levando o Atlético a se ombrear aos mais modernos do Brasil.
Eu, com os meus 17 aninhos, lá pelos idos de 1954, até joguei a minha bolinha por lá, o que me faz lembrar aquele estadiozinho acanhado, circundado com uma cerquinha pintada de branco, com uma pequena arquibancada de madeira… mas com uma torcida inflamada, vibrante, e apaixonada!
Mais tarde, já adulto, junto com os meus filhos, íamos ao Joaquim Américo assistir o nosso Rubro-Negro… picolé nas mãos, atrás do gol, azucrinando a vida do goleiro adversário… meus filhos, eu, e mais uma torcida inflamada, vibrante e apaixonada.
Hoje, com os anos já passados, com os meus 75 anos, assisto com uma mescla de orgulho e tristeza todo este grande trabalho realizado pelo Mario Celso!!!
Orgulhoso, porque sem dúvida seremos grandes… triste, porque tenho absoluta certeza que esta torcida inflamada, vibrante e apaixonada dos velhos tempos, será gradativamente colocada de lado.
Antevejo um clube elitizado, que somente os que têm posses podem frequentar. Mensalidade de 100 reais ou mais não é para qualquer um. Muitos pais com dois ou três filhos, terão dificuldades de permanecerem ou virem a se associar.
Será que não seria o caso de se pensar em uma alternativa???