Cadeiras x Jogadores
Não sou contra o sr. Mario Celso Petraglia. Acredito no seu trabalho e creio fielmente que ele vai nos dar motivos de sobra para nos orgulharmos da nossa camisa Rubro-Negra. Mas é difícil separar o empreendedor do dirigente.
O Clube Atlético Paranaense é, como o nome já diz, um Clube de futebol. E para tanto está sujeito as intempéries de cada Campeonato disputado, quando não vai bem, pois quem cobra são torcedores apaixonados por este esporte bretão.
Se não fizer boas contratações, com certeza vai ter surpresas desagradáveis, como a que nos pegou em 2011.
Fazendo uma rápida consulta ao banco de dados da FURACAO.COM, nota-se as tentativas de contratar jogadores e que não deram em nada. Cito algumas:
a) Especulado, Gerson Magrão acerta com o Figueirense;
b) Sondado, Claudio Vargas deve ir para o Libertad;
c) Colombiano Harrison Otalvaro vai jogar no Milionarios;
d) Lucio Maranhão vai para o Vitória;
e) Éderson no ABC só volta se receber aumento salarial;
f) Riquelme (brincadeira de mal gosto ) entre Boca e Palmeiras.
E por aí vai. Notem que não estamos citando nenhuma superpotência clubística, daqueles que pagam 40 milhões em um jogador do Milan, mas clubes que poderíamos levar vantagem. Se quiséssemos.
Muito já foi falado sobre as cadeiras da Arena e o preço nelas pago a maior devido à escolha Qualidade x Preço, e ‘atende as especificações que desejamos’. Se este mesmo critério fosse usado para o contrato de jogadores que interessam ao Clube e aos torcedores, teríamos hoje mais do que apenas o Crislan de reforço.
Certo, pagaríamos mais para ter um time forte. Mas o jogo às vezes impõe isso. Para sonhar em conquistar títulos, mesmo que um endividado Campeonato Paranaense, no qual só os coxas se interessam (e ainda contando com a ajuda externa – ver Cianorte e Londrina em 2012), precisamos gastar.
Como gastamos nas cadeiras, afinal queremos um Estádio e um Clube de PRIMEIRA LINHA.