A incompatibilidade de nosso presidente com a imprensa paranaense é pública e notória. Esta guerra é antiga, não podendo ser atribuída a divergências de opinião sobre o Estádio da Copa.

Já na época da construção inicial da Arena, houve queda de braço quando se tentou cobrar das emissoras de rádio os direitos de transmissão de jogos de nosso time Mais tarde foram proibidos de frequentar a Arena, profissionais e veículos de imprensa como censura a manifestações contrárias a administração.

A intransigência chega ao cúmulo de nosso dirigente mor sequer dar entrevista a imprensa local. A situação é tão patética que até no anúncio sobre a gestão futura da Arena tenha sido realizada em São Paulo.Um retrocesso histórico de voltar nosso estado a ser 5ª Comarca de São Paulo. Ao que se sabe repórter destacado pela Gazeta, não recebeu sequer credencial para poder cobrir aquele evento.

Pior. Desta divergência nossa direção emite infantil e ridícula nota oficial pedindo que centenas de milhares de rubro negros fizessem boicote às empresas de comunicação do grupo RPC, que sabidamente detém o maior poder de
audiência do Estado.

Nova nota oficial informa agora que o Clube não aceitou a proposta para a transmissão dos seus jogos do Campeonato Regional por considerar o valor oferecido aquém do praticado em outra praças. Acho que até seria legítima a divergência se o Clube valorizasse a competição. Ao contrário, o ‘planejamento’ noticiado para a temporada diz que disputaremos a competição com time reserva, mais especificamente, pela categoria sub-23.

Mais uma vez, o grande prejudicado será o torcedor. Ele ficará privado de acompanhar seu time a exemplo do que ocorreu no período de exílio em Paranaguá, com a agravante que lá era possível o acompanhamento pela TV.

Será que os patrocinadores estarão satisfeitos em ver suas marcas ausentes da mídia televisiva?

Ao invés de construirmos pontes, estamos ampliando os abismos. O relacionamento com os rivais dificilmente poderá a ser restabelecido em níveis civilizados e de respeito. A alimentação de uma rivalidade atrasada que só tem incrementado violência entre torcidas, fruto de manifestações agressivas. Para evitar interpretações equivocadas, quero deixar claro que a responsabilidade destas manifestações hostis não podem ser atribuídas exclusivamente ao Atlético. Os atuas dirigentes do principal rival, só tem aberto a boca para diariamente proferir agressões a comunidade rubro negra.

Já é hora dos dirigentes tomarem consciência de suas responsabilidades, pois como líderes de comunidades numerosas, a precipitação de pronunciamentos podem transformá-los em incitadores da violência que tanto tem afastado esportistas de bem das praças esportivas.