11 maio 2013 - 15h56

Para repetir 1990

Ser campeão Paranaense certamente é o sonho de muitos jovens garotos que despontam no futebol do estado. E esse sonho pode se tornar realidade para o jovem elenco Sub-23 do Atlético, que entra em campo neste domingo (12), no Couto Pereira, para o maior desafio de suas vidas como atletas até o momento: superar o favoritismo do time principal e badalado de jogadores experientes do Coritiba, como Alex e Deivid, e conquistar a taça de Campeão do Estado.

Missão difícil? Certamente, mas embalados pela mística da camisa rubro-negra, da força da torcida atleticana, que seja no estádio ou em qualquer ponto da cidade estará enviando energias positivas aos nossos jovens atletas, e à qualidade e futebol moleque dessa nova gurizada, que joga a jogo conquistou o respeito e a admiração dos torcedores, com certeza é possível acreditar e torcer pelo título.

A história também serve de inspiração para os atleticanos. A última vez que o clube conquistou um título Paranaense no Couto Pereira foi em 1990, quando também precisou superar o favoritismo rival para ficar com a taça. Certamente uma história que pode servir hoje, 23 anos depois daquele emblemático título, como motivação extra para jovens estrelas como Douglas Coutinho, Zezinho, Santos, Hernani e tantos outros! Vale a pena mergulhar no túnel do tempo e relembrar essa conquista, conduzida pelo atacante Dirceu. “Agarrei a oportunidade que tive e a aproveitei, assim como esses garotos podem fazer. O Alex, pelo Coritiba, pode consagrar uma história antiga que tem com o clube. Já o Crislan [21 anos] e o Douglas Coutinho [19 anos] estão em um momento muito bom e podem fazer a diferença”, disse o ex-atacante atleticano, um dos heróis do título de 1990, em entrevista à Gazeta do Povo.

1990 – É isso aí, Berg!

Com a conquista do título estadual de 1990, o Atlético garantiu a supremacia no futebol paranaense, após os títulos em 82, 83, 85, 88 e 90.
A conquista atleticana foi cheia de percalços, ao contrário do que havia ocorrido em 88. O primeiro empecilho foi a esdrúxula fórmula da competição. Os vinte e dois clubes foram divididos em duas chaves de onze. No primeiro turno, os times enfrentariam os adversários do seu grupo e no segundo, os do outro. Os seis melhores de cada grupo estariam classificados para o hexagonal. Os campeões dos turnos receberiam um ponto extra pela conquista.

Os dois melhores de cada chave do hexagonal garantiriam vaga na semifinal, quando só aí seriam decididos os finalistas. O melhor time do hexagonal teria vantagem de jogar por dois empates.

A diretoria atleticana, comandada pelo presidente José Carlos Farinhaqui, apostou no técnico Borba Filho para comandar a equipe, que contava com alguns remanescentes do título de 88, como o goleiro Marolla, o lateral Odemílson e o volante Cacau. A campanha do primeiro turno foi brilhante.
O Atlético terminou invicto, com 8 vitórias, 2 empates e 18 pontos ganhos, terminando como melhor time do estado. Porém, o segundo turno foi desastroso. A equipe caiu de produção e ficou dez partidas consecutivas sem conseguir obter sequer uma vitória. A péssima campanha derrubou o técnico Borba Filho e o auxiliar Nílson Borges assumiu o cargo interinamente.

Na última partida do segundo turno, o Furacão venceu o Paraná Clube, recém-criado e terminou a fase em sexto lugar. Para o Hexagonal, a diretoria contratou o experiente técnico Zé Duarte, com um estilo calmo e de fácil relacionamento com os jogadores. Por sua indicação, foram contratados reforços e o time voltou à boa fase. O Furacão fez novamente a melhor campanha do Hexagonal e também nesta fase ficou invicto, com 5 vitórias e só um empate.

O adversário da semifinal foi o Operário. O primeiro jogo, em Ponta Grossa, acabou em vitória do adversário (por 2 a 1). No jogo de volta, realizado na Vila Capanema, o Atlético venceu por 1 a 0 e garantiu vaga na grande final, contra o Coritiba. Os dois jogos da final foram memoráveis. Graças à melhor campanha do Hexagonal, o rubro-negro tinha vantagem de dois empates para ser campeão e foi o que aconteceu.

O Coritiba vencia o primeiro jogo, numa quarta-feira à noite, até os 44 minutos do segundo tempo, quando o goleiro Gérson cometeu uma falta próxima da área. Gilberto Costa cobrou com precisão e o predestinado Dirceu cabeceou para o fundo das redes, calando a torcida coxa-branca.

O inesquecível gol de Berg

No domingo, a grande final para decidir quem seria o campeão de 90. O Atlético abriu o marcador aos 5 minutos novamente com Dirceu, de cabeça. No entanto, o Coritiba conseguiu a virada antes do intervalo, com gols de Pachequinho e do zagueiro Berg. No segundo tempo, o Atlético foi para cima e empatou em um gol antológico.

Odemílson cobrou lateral na ponta-esquerda, a zaga do Coritiba fez lambança e Berg, pressionado por Dirceu, tentou consertar, cabeceando para trás e buscando mandar a bola para escanteio. No entanto, a bola caprichosamente encobriu Gérson e foi morrer no fundo das redes, para explosão da nação atleticana presente no Couto Pereira.

O Coritiba ainda ameaçou entrar na Justiça por considerar a fórmula do campeonato injusta, mas esse desespero só serviu para aumentar a alegria atleticana. Atlético, campeão de 90 e da década!

Clique aqui e confira todos os detalhes da conquista do Paranaense de 1990, na página especial de Títulos da Furacao.com.



Últimas Notícias

Futebol

Todos os goleiros do Furacão

Uma viagem pela história de todos que defenderam a meta do Club Athletico Paranaense em seus cem anos No centenário do Club Athletico Paranaense, é…

Sul-Americana

Que preguiça, meu Furacão!

No lendário estádio Centenário, em Montevidéo, Danúbio 0 x 1 Athletico. Cuca escalou o time praticamente reserva para a partida, poupando a maioria dos jogadores.…