5-0-5 (ou Programa de Índio)
Previsão de sol no feriadão, descansando em Curitiba. Na sexta decido: vou pegar meu ingresso de sócio e de meu filho de 6 anos e vou para Joinville. Saio de casa 15h para pegar a estrada – horrível, vários trechos em pista simples, tudo parado, mais de 2 horas para chegar no estádio. Entramos já me deparando com uma cena inusitada: o mando de campo era nosso, mas tinham mais torcedores do Flamengo do que do Atlético.
Assim que entramos o furacão fez seu primeiro gol. Era dia de goleada? O time estava estanho, o Pedro Botelho não ganhava uma bola, o Marcão parecia que nem sabia onde estava. Raça nota 7, técnica nota 2. Mas tudo bem né? O que importa é ganhar os três pontos, não é mesmo? E o Flamengo, que time ruim…
O intervalo logo chegou, e com ele uma ‘ameaça’ de chuva. Começa o segundo tempo, Mengo modificado. Atlético faz o segundo gol, tudo vai bem? Aí começa a lambança que estamos acostumados (infelizmente): tomando uma saraivada de chutes à gol do Flamengo (tem uma hora que entra, não é?), perdendo o meio de campo (todo mund no estádio viu, menos nosso ‘professor’), não ganhamos uma bola de cabeça na defesa. Drubscky demora para substituir e quando o faz abre um buraco no meio; É um novo esquema tático, 5-0-5, deixa metade do time na frente e recua a outra metade. O resto todo mundo sabe: Mengo faz 2×1, Drubscky coloca mais um atacante e perde um pouco mais do meio de campo. Leva o segundo e repete a dose?
Saio com meu filho um pouco antes do final para voltar para Curitiba. No carro uma estação ‘catarina’ comentava o final do jogo: estavam ‘assustados’ em como um jogo tecnicamente ruim conseguiu ficar pior ainda após as substituições do Drubscky (para sorte do Flamengo). Vamos pegar a estrada de novo, né? Mais duas horas e meia, parado nos trechos de pista simples e no pedágio (este não se esquecem de cobrar, já de arrumar a estrada…).
Aos que pedem um pouco mais de paciência: pré-temporada inusitada, perdemos o paranaense para o coxa (de novo), 3 rodadas passadas sendo duas como mandante com dois pontos ganhos. Técnico dizendo que o time está melhorando a cada rodada (se era para melhorar jogando porque não jogaram o paranaense?), que o time jogou bem mas que houve desatenção, blá blá blá.
‘Insanidade é continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter resultados diferentes…’ (de ‘O Monge e o Executivo’). Que programa de índio…