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3 jun 2013 - 10h12

As Angústias de Catão

‘Somos três na Côrte’, gabava-se Capistrano de Abreu, ‘os que sabemos nossa Língua: Rui, Machado e eu’.

Essa indiscrição de Capistrano recebeu severa crítica tanto de Rui Barbosa como de Machado de Assis, pedindo, ambos, fossem excluidos desse rol, porquanto longe estivessem de perfeccionistas do vernáculo.

Machado, inclusive, enfatizava que acabando de fazer a 4a. revisão das ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, elencava deslizes gramaticais que cometera na redação original não percebidas nas revisões anteriores. E que,a cada nova revisão, certamente, novas incorreções constataria.

Rui Barbosa, de sua vez, acrescia que sem chegar ao paradoxo de EÇA DE QUEIRÓZ no Fradique Mendez ‘Ninguém sabe escrever’, observava que ‘uma verdade há, que me não assusta, porque é de universal consenso: não há escritor sem erros. Não há Camões, Bernardes, Herculano, Vieira ou Castilho, de quem não hajam apontado muitas incorreções os melhores aquilatadores’.

Quanto a Capistrano, já os seus contemporâneos cuidaram de responder-lhe apontando vária erronias, formas bárbaras, solecismos, faltas imperdoáveis de ignorância gramatical e lexicologia.

Faço esse intróito porque, retornando de viagem, constato que meu último texto sob o timbre ‘Cipó de Aroeira’, um certo ex professor da Língua Portuguesa (creio que do magistério jubilado a bem e proveito da educação pátria), á falta do que fazer ou de melhor coisa para fazer, se debruçou procurar erros de português no meu texto e, sem peias(*), transcrevê-los, comentá-los e corrigi-los.

Censura-me por ter iniciado uma oração com pronome oblíquo átono. ‘Me expressei mal pois… ‘ escrevi em parágrafo daquele texto.
Correto, conforme o zeloso Catão, seria: ‘Expressei-me mal pois …’ ufana-se em me corrigir.

Não atinou o atilado discípulo do Professor Pasqualle que a minha oração não principiou com o pronome ‘me’ mas com o verbo retificar. Inobstante a correção imprópria, eu teria cometido o erro, e por ignorância sim, caso tivesse iniciado a frase sem o verbo. O que não passa de uma iniquidade.

Ora, se nas mais eruditas Obras dos mais consagrados escritores da nossa Lingua, daqui e de além mar, imperfeições gramaticais são cometidas, conforme se viu, que mesquinho sentimento leva esse ex professor aloprado procurar erros de linguagem num sítio de torcedores de um Clube ?

Seguramente, está perturbado e angustiado o Catão das Araucárias.

E não é sem razão. Freud explica. Esta sua dupla servil militância, quais sejam, de estafeta gionediano e MARIOnete idólatra, está lhe fazendo mal, está lhe deixando angustiado.

Afinal, CRISTO já advertia quanto a impropriedade de servir a dois senhores a um só tempo.

Agora, o curioso é que o ilustre Censor se refestela com supostas incorreções de gramática mas não refuta, sequer comenta, o conteúdo do texto, especialmente as disposições de que quem comete e pratica as patifarias, canalhices e calhordices ali relacionadas, canalha, patife e calhordas é. E que de iguais predicados gosa quem, como ele Catão, as defende e exalta.

De modo que não recepciono como uma ‘capitis deminutio’ a minha pessoa os quinaus gramaticais vindos de um índivíduo que de modo expresso se reconhece patife, canalha e calhorda.



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