Para refletir
Em sua coluna de 01/08, Rogério Andrade comenta:
‘É disso que o Atlético precisa: voltar sua atuação para resultados dentro do campo (e só isso).’
Navegando pela pagina inicial do portal UOL, também em 01/08, deparo com algumas manchetes:
– Interventor diz que situação do Bahia é ‘caótica, preocupante e desesperadora’ e que o clube terá dificuldades em quitar a folha de pagamento;
– Fluminense sofre nova penhora e poderá ter retida a renda da Globo;
– Liedson custou R$ 660 mil ao Flamengo, lesionado.
Como Atleticano, procuro ler tudo o que envolve o nosso Clube. Em uma opinião no ‘Fala, Atleticano’, tempos atrás, um torcedor sugeriu a troca do Ricardo Drubscky pelo Muricy Ramalho, recém demitido do Santos.
– ‘Que tragam o Muricy, custe o que custar, não me interessa’, escreveu então o tal torcedor.
Entre o obter o sucesso nos campos, como gostaria o Rogério (e todos os Atleticanos) e manter um clube financeiramente saudável existe um longo caminho a ser percorrido.
Eu confesso que não me sentiria confortável lendo uma manchete como aquelas acima sobre o nosso Clube. Uma derrota em campo faz parte do futebol. Destruir um clube faz parte da incompetência e da safadeza.
E olhem só aqui em Curitiba quantos clubes foram arruinados por incompetência: Bloco Morgenau, Primavera, Palestra, Britania, Ferroviário, Agua Verde, Colorado e Pinheiros – só na 1ª divisão do futebol paranaense.
Os seis últimos resultaram numa fusão sem história nem tradição e o resultante Paraná também quase naufraga sob a gestão de um determinado ‘professor’ e ainda hoje vive lutando com dividas e ameaças de greves pelos jogadores. Do patrimônio então, nem falar!
Assim, entre ‘um título a qualquer preço’e um Clube com história para o qual futuras gerações possam vir a torcer, qual a opção?
Como eu disse no título: para refletir.