30 set 2013 - 20h27

Análise do jogo: Mancini arriscou, mas perdeu

Depois de 11 jogos de invencibilidade na Vila Capanema, o Atlético perdeu sendo comandado pelo Vagner Mancini como mandante. Para tal revés, o Furacão teve como seu algoz um de seus ex-técnicos e com passagem recente no seu maior rival, o técnico Ney Franco. Este, que atualmente dirige o Vitória, não alterou o esquema tático que era utilizado pelo seu antecessor (Caio Júnior), mas modificou algumas peças e movimentações táticas delas.

Para o jogo, o Atlético iniciou no seu costumeiro 4-3-1-2. Já o Vitória começou no esquema 4-2-3-1, mas com mudanças para o jogo. Para confrontar o Furacão, o Rubro-negro baiano teve o seu lateral direita, Ayrton, sempre atacando, pois tinha a cobertura do volante Luiz Gustavo; o meia esquerda Escudero ficou mais preocupado em marcar Jonas ou quem estivesse em seu setor do que em atacar; e o meia direita Marquinhos, que atuava sem a necessidade de acompanhar até o fim as subidas de Pedro Botelho e, ainda, tinha liberdade em poder se movimentar pelos dois lados do ataque.

Atlético no costumeiro 4-3-1-2 e Vitória no seu tradicional 4-2-3-1, mas com adaptações para a partida [arte: Caio Gondo]

Estas adaptações nas movimentações de algumas peças do Vitória foram fundamentais para atrapalhar as subidas de Pedro Botelho ao ataque, fazendo com que Éverton tivesse que marcar Ayrton muitas vezes, neutralizasse o forte lado direito atleticano com jogadores que pouco subiam ao ataque do lado esquerdo do time baiano e, por fim, exercendo a pressão inicial na partida. Pressão inicial que resultou no domínio do primeiro tempo inteiro, em três gols e fizeram com que Vagner Mancini fosse forçado a realizar uma substituição, ainda na primeira etapa, colocando Roger no lugar de Jonas, aos 36.

Com Roger em campo, além da entrada de Zezinho no lugar de Pedro Botelho, no intervalo, o Atlético alterou o seu esquema tático. Com estas entradas, o Furacão passou a jogar no 3-5-2 e o Vitória continuou no seu 4-2-3-1.

No segundo tempo, o Atlético iniciou no 3-5-2 e disposto aos duelos individuais [arte: Caio Gondo]

Com o 3-5-2, Vagner Mancini fez com que o Atlético propusesse diversos duelos individuais em campo. Pelo desenho, observa-se Deivid e Marquinhos, João Paulo e Renato Cajá, Zezinho e Escudero, Marcelo e Juan, Éderson e Victor Ramos, Roger e Kadu e Éverton criando a indecisão para o sistema defensivo baiano. Com imensa vontade que o Furacão entrou para o segundo tempo e a constante movimentação de seus jogadores de frente, o camisa 22 atleticano não era marcado direito nem por Ayrton e nem pelo jovem Luiz Gustavo e fez com que os três gols do Furacão saíssem pelo seu setor.

Percebendo a dificuldade que o seu time passava, Ney Franco colocou os atacantes Alemão e William Henrique nos lugares de Renato Cajá e Luiz Gustavo. Com isso, o técnico do Vitória definiu que Ayrton tivesse que marcar as subidas de Éverton e bagunçou as marcações defensivas já definidas por Vagner Mancini. Agora com quatro atacantes ou Zezinho voltava para ajudar na marcação de algum deles ou Manoel, Luiz Alberto, Deivid e João Paulo iriam ficar sem sobra no campo de defesa. Foi a segunda opção que prevaleceu. Observa-se pelo flagrante, a bola no campo de defesa atleticano logo após uma disputa aérea entre Luiz Alberto e Dinei no meio de campo, e vejam o risco que é deixar sem sobras a marcação neste setor do campo:

Flagrante do segundos antes do terceiro gol do Vitória, evidencia o risco de jogar sem sobras no campo de defesa [arte: Caio Gondo]

Com o quarto gol do time baiano, Vagner Mancini, aos 40, colocou Dellatorre no lugar de Éverton e fez com que o camisa 49 jogasse aberto pela esquerda. Já Ney Franco colocou o meio campista Marcelo Camacho no lugar de Escudero, aos 90, mais como forma de enrolar a partida, pois o quinto gol para a sua equipe havia saído 4 minutos antes da substituição.

Fim da partida: sem sobras em nenhum dos sistemas defensivos, mas com o Vitória aproveitando melhor a ocasião [arte: Caio Gondo]



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