9 dez 2013 - 13h34

Análise do jogo: A vitória para a Libertadores

A sequência de atuações e resultados ruins preocupavam qualquer atleticano. Mas esta vitória por 5 a 1 afastou qualquer pessimista e consolidou o trabalho de Vagner Mancini no Atlético. No Campeonato Brasileiro foram seis derrotas, oito empates e 17 vitórias. A última vitória garantiu a equipe na pré Libertadores da América de 2014.

Para que esta conquista se concretizasse, Vagner Mancini começou a partida contra o Vasco no 4-3-1-2. Já o time Cruz-maltino iniciou o jogo no esquema tático mais utilizado por Adilson Batista, técnico do Vasco, nestes últimos jogos: o 4-2-3-1.

Atlético no 4-3-1-2 e Vasco no 4-2-3-1 [arte: Caio Gondo]

Até os 16 minutos, o jogo estava bem movimentado. Enquanto o Atlético atacava com mais contundência e precisão (foram duas finalizações corretas do Atlético enquanto que o Vasco fez duas para fora), maior volume de jogo, intensidade e organização tática (o Furacão compactava o time entre as intermediárias e já bastava para que o time da Colina não conseguisse trocar um alto número de passes), o Vasco era ineficaz em vários aspectos. A equipe carioca ficou com muita posse da bola (iria terminar com 58,6%), mas pouco produziu neste período do tempo.

Depois do 16º minuto do primeiro tempo, a partida ficou paralisada devido à confusão que aconteceu nas arquibancadas da Arena Joinville. As cenas foram lamentáveis. Após 1 hora e 10 minutos sem acontecer o jogo, ele foi retomado.

Na retomada, os comandados de Vagner Mancini pareciam estar anestesiados por causa da confusão feita na hora anterior. Tanto que por dez minutos, o Vasco empurrou o Atlético para o seu campo defensivo e evitou todas as saídas de bola rubro-negra. Porém, depois destes minutos sem reação, o Furacão retomou à partida. A intensidade dos jogadores, o aproveitamento dos espaços que Wendell -meio-campista do time de São Januário- deixava na defesa e a constante movimentação de Marcelo, Paulo Baier e Éderson foram fundamentais para que o Atlético entrasse de novo no jogo.

Entretanto, o a equipe carioca empatou com Edmilson, aos 40. Mas como o momento atleticano estava bom, dois minutos depois, Éderson fez 2 a 1.
No intervalo, Adilson colocou o meia Bernardo no lugar de Wendell. Enquanto que Vagner Mancini não fez substituição, mas voltou com a sua equipe diminuindo o ritmo do Vasco. Já que o placar momentâneo favorecia o seu time.

O Vasco, desde o início da segunda etapa, passou a atacar desesperadamente. Tamanho era o desespero que a equipe como um todo passou a apresentar uma compactação muito longa, linhas dos setores afastadas uma das outras, falta de aproximação dos volantes de Bernardo e os laterais passaram a atacar simultaneamente. Com o time carioca atacando sem organização alguma ficou fácil para que os fatais contra-ataques atleticanos consolidassem de vez mais uma vitória. Os três próximos gols foram feitos através de contra-ataques rubro-negros.

Para que estes contra-ataques não perdessem o fôlego, Mancini colocou Juninho, Zezinho e Felipe nos lugares de Maranhão, Paulo Baier e Marcelo. Com estas substituições, o esquema tático mudou, mas a busca por contra golpes continuou. Já Adilson Batista botou os atacantes Tenório e Reginaldo, mas estes pouco fizeram em campo.

No fim do jogo, Atlético passou a jogar no 4-3-3 com os seus laterais pouco avançando e o Vasco no 4-2-3-1 com os seus laterais avançando simultaneamente [arte: Caio Gondo]

Além das alterações do esquema de jogo, os jogadores rubro-negros garantiram a vaga para a Libertadores de 2014 através de mais uma atuação típica do trabalho de Mancini e, assim, consolidando o trabalho do técnico. Contra o Vasco, o Furacão realizou 21 cruzamentos (seis certos e 15 errados), 47 lançamentos (20 certos e 27 errados), 14 desarmes e 21 finalizações (12 certas e nove erradas). Já a sua média destes quesitos no Campeonato Brasileiro foram 20 cruzamentos (4 certos e 16 errados), 49 lançamentos (16 certos e 33 errados), 18 desarmes e 13 finalizações (cinco certas e oito erradas). Ou seja, o Atlético, em sua última partida no Brasileirão, fez estatísticas parecidas com sua média, mas conseguiu finalizar mais e, assim, fez mais gols do normalmente fez no campeonato (média de 1,71 gols por partida).



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