Dinheiro. Acredito que esse seja o problema do nosso Furacão hoje, e a explicação das “loucuras” que vem acontecendo em relação aos jogadores postos na prateleira pela Diretoria. MCP não é louco e nem burro, mesmo em se tratando do futebol propriamente dito. Podemos ter vários pontos que nos levem a crer que a Diretoria só comete erros no Departamento de Futebol, mas também temos outros tantos dos acertos. Acho que é assim mesmo e faz parte do riscado.

Não tenho conhecimento de quanto é o gasto com a remuneração de um jogador do CAP, mas acredito que os jogadores de ponta do Atlético são muito caros sim. Não acredito que Manoel ganhe uma merréquinha, um simples agradinho. E prova disso é que desde que MCP voltou, à exceção de agora, não tivemos mais problemas com a “saída do Manoel”, principalmente no início do ano, pois muito embora o beque demorasse um pouquinho mais que os outros a se reapresentar, nesses últimos dois anos não se fez aquele estardalhaço acerca de uma eventual saída do Manoel do clube. Ou seja, tem uma grana preta aí!

O mesmo vale para o Weverton. Não é um goleiro a preço módico. Com certeza é dos salários mais altos do Clube. Aliás, é de se destacar que nosso goleirão disse em alto e bom tom: “assim como não me falaram nada quando virei titular, também não falaram agora que fui para o banco”.

Daí, duas notícias surgem: a primeira, o afastamento do Manoel por “indisciplina”; a segunda, a ida do Weverton para o banco por “questões técnicas”. Felizmente, não acredito nos motivos expostos para tais atos, até porque gosto de tais atletas e acho que sempre defenderam bem nossas cores. Junto a estes, Zezinho e Renan Rocha que, também, acredito tenham boas remunerações no Clube. Também é de se destacar que antes da ida do Weverton para o banco, teve a notícia da subida do Rodolfo para o elenco principal que, com certeza, possui salário bem menor que aquele.

Para mim, ao menos, está muito clara uma coisa: o Clube está sem grana e precisa economizar, até porque, como é de conhecimento de todos, falta muito para os 40.000 sócios desejados. E digo isso não apenas pela “colocação na prateleira” dos medalhões, mas por algo que particularmente senti na pele (rs). Este mês, deparei-me com o lançamento de 05 (cinco) débitos em minha conta bancária, valores que não consegui relacionar a nada ligado a meus gastos isoladamente. Por consequência, fui ao Banco para ver do que se tratava. Para minha surpresa, o CAP havia lançado em débito automático na minha conta os valores devidos pelas duas cadeiras que tenho “aos poucos”, ou seja, somou o valor devido do mês anterior (que eu estava em atraso) com o do mês atual e dividiu, unilateralmente, em 5 prestações com vencimento no mesmo dia, como quem diz: “- o que vier é lucro, é bem-vindo”.
Ora, está estampado que o Furacão está com sérios problemas de caixa, e isso se reflete numa série de fatores, seja na construção da Baixada, seja nos mandos de jogo fora daqui, seja no atraso dos salários dos funcionários na obra, etc.

Daí, qual a solução: vender jogador ou se livrar daqueles que são caros e não pertencem ao Clube. Vender quem? O Manoel, que com certeza é o salário mais alto do time e possivelmente o mais valorizado. Mas como explicar isso para a torcida? É melhor criar um cenário de “indisciplina” do jogador do que simplesmente falar “vamos vender porque precisamos de dinheiro”. Acredito que foi por isso que o Adriano saiu, também. O que a Diretoria está fazendo é simplesmente se livrando dos gastos altos e tentando arrecadar dinheiro com a venda de jogadores. Crislan não ficará porque quer ganhar mais, e o mesmo se diga de Nathan (o quê acho certo).
Santos titular, Dráusio na zaga, Otávio, Marcos Guilherme, etc, estão para amenizar os custos de um Clube que está com uma série de obrigações financeiras batendo à porta. Loucos seremos nós torcedores se acharmos que haverão contratações de peso até a volta à Baixada. Mas, enfim, torço assim mesmo e boa sorte para nossa Diretoria na condução do Furacão e sucesso aos jogadores que saírem, assim como meu muito obrigado pelos bons serviços prestados.