Novo treinador, velho problema
Depois do desastroso início de 2014 sob o comando de Miguel Ángel Portugal, Leandro Ávila pareceu ter, dentro do que a carência técnica do elenco permitira, começado um trabalho de organização tática do time. Embora os resultados tenham sido satisfatórios, a diretoria trouxe Doriva sobretudo para não correr o risco de queimar o promissor Ávila. A chegada deste, pode-se dizer que veio mais para agregar ao trabalho já iniciado por aquele, do que para mudá-lo, seguindo a velha e falaciosa máxima de que em time que está ganhando não se mexe.
Contudo, o Furacão tinha muito a melhorar, e continua tendo. Ainda que o setor ofensivo pareça ter voltado mais encaixado depois da parada para a Copa, o setor defensivo ainda é muito falho. E aqui, não se trata de algo que o treinador pudesse mudar. O posicionamento está correto, o que falta é, de fato, qualidade. Não se tem, hoje, nem de longe, a confiança que Manoel e Luiz Alberto passavam no ano passado.
Se não for para sofrermos com um time aos trancos e barrancos lutando contra o rebaixamento até o final do campeonato, precisamos de, no mínimo, mais um zagueiro de qualidade, seguro e experiente (Se vierem dois, melhor ainda. Se vier também um meia com qualidade no passe e armação de jogadas, perfeito).
A letra está dada! Que não nos iludamos com uma vitória sobre o lanterna da competição.