O Fala, Atleticano é um canal de manifestação da torcida do Atlético. Os textos abaixo publicados foram escritos por torcedores rubro-negros e não representam necessariamente a opinião dos responsáveis pelo site. Os autores se responsabilizam pelos textos por eles assinados. Para colaborar com um texto, clique aqui e siga as instruções. Confira abaixo os textos dos torcedores rubro-negros:
20 abr 2015 - 10h52

A morte do meu ‘Atrético’

Tô me sentindo órfão do futebol. Com o massacre que sofremos na última Copa do Mundo e com os últimos, penúltimos e antepenúltimos acontecimentos com o Atlético, sinto um vazio que não pode ser preenchido por outro esporte, um novo hobby ou uma nova paixão. Seleção brasileira à parte, minha preocupação está na eminente morte do meu Atlético.

A morte do meu Atlético começa pela insistência em chamá-lo de CAP, numa estratégia de marketing burra, sem sentido e de quem não é atleticano de verdade. Ora, nós somos Atlético e não importa se existem outras dezenas de homônimos Brasil afora. Minha noiva se chama Bruna e não preciso inventar uma sigla para identificá-la em meio a outras ‘brunas’.

A morte do meu Atlético acontece quando vou a um estádio com um banner azul e cercado de 50 tons de cinza por fora e por dentro. Um estádio frio, que não impõem pressão e que, nem de longe, se parece com a velha Arena (que de velha nada tinha) ou com a Baixada dos eucaliptos, do pão com bife e do tobogã. Um estádio padrão FIFA mas que está longe de ser padrão Caldeirão.

A morte do meu Atlético prossegue com a lenta e gradual tentativa de elitização de um espaço que, por direito histórico, pertence ao povão atleticano. Vá a um jogo e ache negros e pardos. Nosso estádio está branco de olhos azuis. Vá a um jogo e faça uma pesquisa de renda. Aliás, nem precisa disso, pensa comigo: qual parcela da população que pode dispor de R$100,00 ou R$150,00 por mês para ir a um jogo de futebol? Qual parcela da população pode pagar R$150,00 num ingresso avulso? Além do custo do ingresso, temos o deslocamento até o estádio, os comes e bebês, entre outros custos que SIM fazem a diferença no final do mês para a maioria da população das classes D e E onde, queira nossa diretoria ou não, concentra-se grande parte de atleticanos que deixaram de frequentar nosso estádio. Qual será o reflexo disso no futuro?

A morte do meu Atlético se estende ao campo de jogo. Onde estão meus ídolos? Onde estão os jogadores que comiam a grama para vestir nossa camisa? Muitos jogadores estão entrando em campo pelo bom relacionamento de seus empresários com nossa direção. Transformaram o meu Atlético em balcão de negócios. Isso se reflete na presença de moleques, sem experiência e com alguma qualidade, em TODOS os setores do campo. Hora, se um time, seja ele qual for, tiver um pouco de inteligência irá jogar contra o Atlético esperando no campo de defesa e se fizer um gol então, aí que a festa está armada pois nosso time entra em desespero.

A morte do meu Atlético se completa quando uma diretoria que se diz atleticana, tira sarro e xinga torcedores. Ri e desdenha de quem é contra às suas ideias. No fim do ano espero que esse desdém acabe. Minha sugestão: a revolução começa por aqui, neste espaço. Tenho certeza que aqui no Fala têm atleticanos com a capacidade de montar uma chapa e gerir um clube. Montemos a oposição.

Estão matando meu Atlético. Vamos lutar contra isso ou vamos aceitar o golpe final?



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…