Com escudo e sem identidade
O Atlético era pra ter jogado com o Corinthians sem escudo na camisa. A iniciativa foi proposta pelos organizadores de uma campanha de prevenção e combate ao câncer de mama, que acontece em todo o País. Os geniais marqueteiros do DIF e de Petraglia, no entanto, não quiseram participar, com medo de estabelecer uma espécie de vínculo entre a retirada de um símbolo muito valioso para nós, torcedores (e não para eles, cartolas e oportunistas de espécies várias), e o desempenho atual do time, que é ridículo. Ou, de outro modo, preferiram uma solução intermediária: a equipe que não ganha de ninguém entrou em campo sem identificação no peito, mas vestiu o uniforme tradicional durante o jogo. Tudo errado. A mensagem que se pretendia transmitir ficou no vazio, incompreensível, ao contrário do que se deu com o placar: cheio de gols do adversário e perfeitamente explicado pela lógica.
Pois a lógica, implacável como sempre, ensina que um bando de jogadores como o nosso, sem personalidade, moralmente arrebentado e incapaz de criar uma única jogada sequer, será presa fácil de qualquer time minimamente organizado, seja da primeira, da segunda, da terceira ou da quarta divisão. Fariam bem os ilustres mandatários do Atlético se, até o final de mais um ano triste, como este, assumissem que os pseudo-atletas que desfilam todas as semanas com o manto rubro-negro não têm nada a ver com o Atlético. Isso que está aí, a nos envergonhar, é o subproduto do futebol de Petraglia e seus bajuladores. As humilhações que se sucedem pertencem a eles, não a nós.
O time do Petraglia não merece exibir em campo o símbolo do Atlético, que é de raça e de amor. O time do Petraglia é desprezível. O time do Petraglia está abaixo da mediocridade. O time do Petraglia é, atualmente, o pior do campeonato, chacota nacional.
Fora, Petraglia! Nós queremos o Atlético de volta!