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A ausência da torcida organizada Os Fanáticos na partida contra o América-MG, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, vencida por 1 a 0 pelo Atlético, não passou despercebida pela comissão técnica e atletas do clube. O atacante Walter e o treinador Paulo Autuori comentaram sobre a falta da organizada, que não compareceu ao jogo como forma de protesto aos recentes atritos com a diretoria do Atlético.

Procurado na zona mista após o fim da partida, o atacante Walter não deixou de lado sua conhecida sinceridade ao ser questionado sobre a ausência da torcida. "A nossa torcida é muito importante para nós. Se eu falar que não, vou estar mentindo. Quando ele começam a gritar, dá um pouco a mais para o torcedor. Espero que isso se resolva logo", conversou.

Outro que comentou sobre a situação, foi o técnico Paulo Autuori. O treinador admitiu que o time sente falta da torcida na hora do jogo: “É claro que faz diferença, quantas vezes vemos um time que não está bem e dá aquele algo a mais por causa da torcida. A atmosfera é totalmente diferente”, explicou.

No entanto, o treinador não deixou de avaliar como positiva a atitude do Atlético em limitar as condições da organizada dentro do estádio do Furacão. “Eu sou a favor de tudo que combata a violência dentro dos estádios. O Atlético é um time corajoso, em diversas frentes, inclusive nessa. O torcedor tem direito a se manifestar, mas com violência não. O torcedor também perde quando briga, o time perde o mando de campo, por exemplo”, explicou.

A briga entre a diretoria do Atlético e a Fanáticos já dura desde abril, quando a organizada fez um vídeo em resposta ao próprio Walter, quando o atacante mostrou o dedo do meio aos torcedores. Desde então, diversos episódios aconteceram, como a cusparada no goleiro do Santos Vanderlei, uma invasão a uma festa junina e vaias à diretoria, que renderam represálias à torcida e, mais recentemente, um apoio do clube à extinção das organizadas no futebol.