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5 jan 2017 - 14h36

Perda e Livramento

Há muito tempo atrás, aprendi que na vida é necessário diferenciarmos o que é perda e o que é, na verdade, livramento.

No caso do nosso time, analisando o ano de 2016, a maior perda, sem dúvida, foi o menino Ewandro. A grande última jóia da base do São Paulo, veio pra cá emprestado e com ´passe´ fixado. Por motivos alheios ao nosso conhecimento, optamos por não fazer esse investimento (que, sinceramente, tendo dinheiro em caixa, seria inadmissível não tê-lo feito), apenas pra alguns dias depois vermos sua venda ao futebol italiano, sendo sua perda sentida tanto tecnicamente, quanto financeiramente. Ressalto esta última pois parece ser a única coisa com que se importa a direção, logo, deixamos de lucrar um belo dinheiro. Ao mesmo tempo em que investiu (bastante) dinheiro na aquisição de flops como Luciano Cabral e Fernando Barrientos, deixaram de adquirir um jogador de qualidade comprovada.

Em menor escala, houve a perda do volante Jadson, o qual poderia compor banco de reservas durante a temporada, pra não ficarmos reféns do limitadíssimo (e abençoadíssimo) e eterno Deivid. Todavia, sua saída abriu espaço pro grande último talento da nossa base, o Hernani, que mesmo fora de sua posição (pois acredito ser melhor aproveitado como um terceiro homem), destacou-se e acabou sendo vendido no fim do ano. No fim das contas, essa ´perda´ não foi sentida e o tempo demonstrou que na verdade, foi um livramento.

Depois foi a vez de Walter e Vinicius. O primeiro, parecia ser uma perda, todavia sua contusão e queda de rendimento demonstraram que na verdade tratou-se de um belo livramento, pois aliviou o caixa rubro-negro. Já Vinicius foi um livramento daqueles abençoados, pois nunca jogou nada aqui e suas atitudes extra-campo, segundo consta, estavam prejudicando o elenco.

Aí vieram os tampões que conhecemos bem, todo ano temos essas contratações pra inglês ver, como Luan, André Lima e Lucas Fernandes. Este último até teve seus lampejos, mas acredito que a decisão de não realizar sua compra foi acertada, pois tira espaço de meninos da base – como Giovanny e Marmentini, p.ex. – e não tem tanta efetividade assim, só faz uma fumaça e uma correria. Vai voltar pro Fluminense e ser emprestado pra duzentas equipes diferentes novamente.

Sobre Luan, nada a comentar, porque absolutamente NADA fez. É o tipo de jogador que nos faz pensar que qualquer um pode se declarar profissional, sendo seu livramento a medida mais correta.

Por fim, André Lima. Caneleiro de marca maior, não sabe dominar, passar, correr, fazer pivô, bola nele ou era pra empurrar pro gol, ou era jogada morta e contra-ataque adversário. E agora quer fazer docinho pra renovar? Não deviam nem sentar pra conversar. A despeito do que parte da torcida possa pensar, é um dos maiores livramentos que teremos, caso consigamos empurrá-lo pra outra equipe.

Sobre Thiago Heleno não acredito que faremos a burrice de não renovar com o rapaz, porque é nosso melhor zagueiro nos últimos 12 anos, desde Marinho. Sua perda (se acontecer) é irreparável no curto prazo, pois teremos que depender do Inter2 Paulo André (leeeeeeeeeeeeento…) e do Wanderson, que tem excelente futuro mas não está pronto ainda. Os demais, sequer merecem citação.

Menção honrosa pro Sidcley. Esse menino é PONTA, não lateral. A falta de opções no clube o transforma em vidraça preferida da torcida. Estamos queimando um jogador técnico e, agora com as notícias de clubes interessados, acredito ser uma grande perda para nosso elenco.

Enfim, entre perdas e livramentos, fica a certeza de que no ano que passou, finalmente deram um pouquinho mais de atenção pro futebol, nosso objetivo maior. Como disse o Cristóvão, esse clube é um gigante adormecido, temos tudo pra ser o maior das Américas, só precisa dizer pro ´povo da caneta´ que tijolo não joga bola e computador não ensina técnica. Basta um pouco de critério nas contratações, uma certa ousadia e coragem e aí meus amigos, é só ladeira, ninguém segura El Huracán!



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