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9 fev 2017 - 14h05

Sofrimento contínuo

E seguimos adiante! uma classificação que teima em ser daquele jeito, com aquele sofrimento básico que todo atleticano já se acostumou, mas que precisa ser comemorada!

Apesar disso nós não podemos nos esquecer de alguns detalhes, deixarmos de evoluir e nos tornarmos cegos pelo sucesso, Por quê? Simples! em dois jogos não fizemos nenhum gol com a bola rolando, dependemos integralmente de penaltis em ambos os jogos para garantir a classificação, mas antes vamos falar do jogo em si…

Autuori voltou a mandar Lucho à campo jogando como uma espécie de segundo volante, mas que não marca e não sai para o jogo, na realidade nem passes o argentino acerta direito, acredito que sua função seja meramente simbólica junto ao elenco. Sidcley é um bom guri, mas novamente estava muito mal, principalmente na marcação, dando muitos espaços e cometendo falhas como no lance do gol. Grafite coitado, mais pulava do que ficava no chão, cansou de tanto pular o homem. O bico que ele fez durante a bizarra e não bem sucedida entrada do Crysan chegou a dar dó do caboco, não aguentava mais aquilo, nem eu.

Por outro lado Weverton esteve muito seguro, assim como nossa dupla de zaga e segui gostando das atuações de Cazalbé e Jonathan, bem que ele poderia ser um lateral esquerdo não?

O Atlético mais uma vez jogou acuado, parecia estar jogando Pinball, era chutão la na frente pro Grafite, ele subia com o zagueiro para disputar, davam uma cacetada na bola e ela voltava novamente para o campo de defesa rubro negro. Foi assim o segundo tempo inteiro. Era interessante observar como quando a bola chegava no Carlos Alberto, era nítida uma linha no meio de campo, lá no círculo central do gramado, com os laterais sem abrir e apenas o Grafite estacionado la na frente. Aí o meia atleticano se obrigava a tocar para o lado, vinham então sempre dois homens azuis dar combate na marcação e forçavam o jogador que recebia a recuar assustado a bola para trás. Era um ciclo sem fim, a bola estava o TEMPO TODO com a equipe do Millonarios, basta ver a diferença em posse de bola, chutes a gol e escanteios.

A nossa maior sorte é que a equipe adversária apesar de tudo não era aguda e não sabia tornar isso em um real perigo, além do bandeira amigo que invalidou um gol legal dos colombianos. Mais sorte do que juízo.

Na reta final do jogo aconteceu a mesma coisa da última partida, o time colombiano se abateu e, de certa forma, largou os bets… Dando ao Atlético um pouco de volume de jogo, o que para mim era um alívio visto que á aquela altura o que eu mais queria era que viessem logo os penalties.

E vieram! Mas amigos, é possível atualmente ver o Furacão ir para uma disputa de penalidades sem aquela boa e gostosa confiança depositada em nosso goleiro? Ao contrário do ano passado, contra o Grêmio, no qual a derrota era iminente ao ver a lista de batedores do Autuori formada exclusivamente por meninos verdes; Ontem foi diferente, jogadores experientes e um goleiro que está em sua melhor fase, me senti seguro como não me senti durante toda a partida.

Quanto ao aspecto tático geral do time após os dois jogos, alguma novidade com relação ao ano passado? nenhuma. Na realidade ano passado tínhamos uma equipe relativamente limitada mas que construiu ótimos resultados em casa por conta da pressão da torcida e da força do sistema defensivo, mas nosso meio de campo era nulo e por consequência nosso ataque era pouco abastecido e menos ainda funcional, prova disso foram os 38 gols em 38 rodadas, um dos piores ataques do campeonato.

Mas aí pensei: ‘Autuori entrou no meio do caminho e fez o que dava com o que tinha, vamos aguardar os reforços ao fim do ano e o trabalho de pré temporada, aí sim teremos uma equipe com padrão de jogo para o ano que vem’. As contratações de Gedoz e Carlos Alberto, bem como as tentativas de outros nomes como Ederson e Dátolo me trouxeram novamente essa esperança de termos um meio de campo forte e tradicional, mas passado o devido período de pré-temporada o que podemos ver é uma equipe completamente sem padrão de jogo, com um meio de campo nulo, nenhuma jogada ensaiada e um estilo de jogo que é feio de ver, DÓI assistir.

Afinal, o que Autuori está fazendo no nosso CT durante esse tempo? O Millos trocou técnico e meia dúzia de jogadores de dezembro pra cá e, mesmo não sendo grande coisa, demonstrou boa aptidão com bons passes e até jogadas bem elaboradas.

Lembrem-se, se os placares apertados em casa do ano passado esse ano virarem empates, iremos disputar a segundona com nosso maior rival ano que vem.

Que as coisas melhorem logo e esse time jogue de forma mais organizada, ou continuaremos com esse sofrimento contínuo.



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