16 abr 2017 - 23h25

Pivetti: "Gosto amargo? Pode internar!"

Após a vitória por 2 a 1 sobre o Londrina, neste domingo (16), pela primeira semifinal do Campeonato Paranaense, o técnico Bruno Pivetti concedeu entrevista coletiva e repudiou o discurso de que ficou um "gosto amargo" pelo placar apertado:

"Se ficar gosto amargo na boca de qualquer um mediante vitória, pode internar. A pessoa está louca. Ganhou o jogo, como é que pode ficar gosto amargo? O que ficou, realmente, poderia ter um placar mais elástico. Mas gosto amargo por conta de vitória, na minha vida, nunca vi", esbravejou.

O segundo técnico do Atlético falou bastante sobre as lesões. Além de Jonathan e Matheus Rossetto, que saíram machucados da partida contra o Tubarão, o Rubro-Negro tem outros atletas importantes no Departamento Médico, como Carlos Alberto e Pablo. Para Pivetti, a sequência de jogos e o pouco tempo de preparação favorecem essa situação:

"O que mais preocupa no presente momento são as lesões, né? A gente sabia que estava propenso, estava correndo esse risco devido à maratona de jogos, questão da Libertadores, são jogos de alto nível, de elevada tensão, em que os níveis de concentração têm que estar muito altos, então a gente sabia que iríamos pagar um preço e realmente as lesões nos preocupam, né?", avaliou.

Apesar de reconhecer as dificuldades em virtude das lesões, Bruno destacou a qualidade dos substitutos, enaltecendo o trabalho feito na base atleticana:

"A lesão de qualquer jogador preocupa, ainda mais sendo dois jogadores importantes como o Jonathan e o Rossetto. Mas também gostamos do jogo desenvolvido pelo Cascardo. Era um menino que fazia tempo que não jogava, entrou, deu o seu melhor e conseguiu participar de boas ações, principalmente em âmbito ofensivo. Temos um grupo qualificado, a gente tem que ter nessa hora bastante capacidade de discernimento para poder levar os melhores 11 para campo. A gente sabia que corria o risco, vai ser complicado, mas nós temos um grupo qualificado e é por meio desse grupo qualificado que a gente vai superar qualquer lesão."

Ele ainda ressaltou a vantagem obtida contra o alviceleste. Para chegar à final do Campeonato Paranaense, o Atlético precisa apenas de um empate no jogo de volta, que acontece na próxima semana, no Estádio do Café:

"Mas felizes em termos de resultado. Conquistamos a vitória e estamos levando a vantagem para Londrina. Nós viemos de uma maratona de jogos, sempre muito complicado, mas o resultado apareceu e a gente sabe que no mata-mata qualquer vantagem é valiosa."

Quanto à queda de rendimento da equipe no segundo tempo, o treinador afirmou que não se pode analisar de forma isolada. Para ele, o desgaste provocado pelo acúmulo de jogos justifica alguns tropeços, citando inclusive o exemplo de outras equipes que também disputam a Libertadores:

"A gente não pode analisar nada isolado. Se a gente pegar a rodada das equipes que estão envolvidas com Libertadores, ela foi complicada para todas as equipes. A gente viu o Palmeiras perdendo da Ponte Preta de 3 a 0, o Grêmio empatando em 1 a 1, o Atlético/MG empatando em 1 a 1. Então é muito complicado a gente manter o mesmo nível de concentração num intervalo tão curto de tempo e lembrando que os jogos da Libertadores são de máxima exigência. Então acaba se pagando um preço. Esse desnivelamento de performance em relação a primeiro e segundo tempo, na nossa análise, que costumamos ter uma análise global dos fatos, se deve a isso. Pagamos o preço pelo desgaste que tivemos em termos cognitivos, físicos, em relação ao jogo do Flamengo."



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