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27 mar 2004 - 12h20

Uma atleticana fanática apaixonada

A minha história com o Atlético é um pouco diferente, porque meu pai é Paranista roxo (antigo Colorado) e eu atleticana de coração.

Confesso que um dia fui assistir o jogo do Paraná, mas não senti absolutamente nada. Então foi a vez do meu tio (irmão do meu pai) me levar a um jogo do Atlético na antiga Baixada (que saudades !!!), ainda sem a reforma na arquibancada… E aí foi uma emoção assustadora, uma paixão a primeira vista, simplesmente me apaixonei pelo time, pelo estádio, pela torcida, sempre vibrante, emocionada, contagiante e explosiva. E aquela paixão foi se transformando em um amor muito grande pelo meu Atlético.

Na época não era muito comum mulheres irem a estádio, mas eu e minha irmã íamos a todos os jogos sempre acompanhada do meu tio e os amigos dele, sempre encima da torcida da Fanáticos, mas nunca podendo estar muito próxima dela, e o pior sempre saindo aos 40 min do segundo tempo, porque meu tio não queria pegar a confusão da saída, até que um dia num jogo do Atlético x Paraná, na Baixadinha, meu pai e irmão foram para torcida do Paraná e eu e minha irmã fomos encontrar meu tio, mas ele não iria ao jogo e fomos sozinhas, a partir deste dia começamos a ir sozinhas e ficar bem próximas da torcida que tanto apreciávamos de longe.

Até que ficamos durante 18 meses esperando a construção da Arena, indo assistir aos jogos no Pinheirão e no Chiqueiro, e ficávamos imaginando quando teríamos nosso estádio novamente, e chegou o dia da inauguração, e a emoção foi revigorada, com um estádio maravilhoso, que concentrava toda a expectativa e deslumbramento dos torcedores entrando e sentindo uma sensação indiscritível de ver algo tão lindo e que caracterizava toda a emoção, alegria, vibração da torcida por este time que te envolve e que renova a cada dia o amor que sentimos por ele. E ficamos vendo qual seria o olocal onde passaríamos a sentar a partir daquele dia, e é claro que o local escolhido foi logo atrás da torcida dos Fanáticos, muito próxima a eles, para que pudéssemos sempre sentir aquela energia que flui naturalmente desta torcida.

E jogo após jogo, conquista do Campeonato Brasileiro em 95, Campeonato Paranaense em 98 sobre o nosso adversário favorito, seletiva da Libertadores, Campeonato Paranaense de 200 e 2001 e chegou o Campeonato Brasileiro 2001, onde quase fui deserdada pelo meu pai, quando decidimos ir junto com a Fanáticos para São Caetano ver o jogo ao vivo e a cores, porque é claro que não ia perder de ver meu time ser Campeão Brasileiro pela primeira vez. E foram tantas as recomendações, de cuidados e de preparação e de principalmete não aparecer na TV, mas foi inútil, aparecemos e graças a Deus muito comportadas, sem estar em rede nacional falando palavrões, para alegria e alívio do meu pai ( que estava vendo o jogo escondido da minha mãe que só ficava gritando, minhas filhas estão na TV !!!). Mas tudo isso até a gente mandar o cara sair de perto da gente, porque não podíamos nem abrir a boca e estávamos tão nervosa (se é que isso é possível) , que não conseguíamos nem ver o jogo. E daí chegou o gol do Alex Mineiro, e dai todas as lágrimas que ainda não tinham começado a cair começaram a jorrar sem parar. E o resto foi só alegria.

Eu perdi a conta de quantas vezes chorei alegria, por tantas conquistas e alegrias que este meu Atlético já me deu, e de raiva por ter perdido no finalzinho do jogo para o Paraná, ou da minúscula torcida do Atlético Mineiro (antiga baixada), finais perdidas ou desclassificações injustas como aquele jogo Atlético x Corinthians que perdemos de 6, num Pinheirão lotado e na campanha do Atlético Total, e prometi que nunca mais iria a um jogo do meu Rubro-Negro sem a camisa do Atlético, aquela foi a primeira e última vez e também das muitas vezes que fiquei de olhos vendados, para não ver a fase dos intermináveis pênaltis que o meu time insistia em não acertar.

Mas este time já me deu muitas emoções e ainda vai me dar muito mais até o final da minha vida, porque não há nada que me faça deixar de torcer pelo meu Rubro Negro.



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