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1 mar 2008 - 10h44

O real e o ilusório

Já diz o ditado que mulher de malandro gosta mesmo é de apanhar. Declarações sexistas estúpidas à parte, mas utilizando o ditado como uma metáfora, o torcedor atleticano parece se enquadrar no contexto do provérbio por adorar se iludir e deixar-se enganar. Afinal, entra ano e sai ano, é sempre a mesma lenga-lenga quando o assunto é negociação de jogador: a tal da política salarial do clube.

Final de 2007, manteve-se o treinador e a mesma base de jogadores que, diga-se de passagem, já não era uma brastemp. Pronto: os torcedores atleticanos (eu incluído) já se encheram de sonhos e esperanças de que em 2008 títulos seriam comemorados. Quando as vitórias em seqüência surgiram, os sonhos aumentaram na mesma proporção. O Paranaense já estava no bolso, Copa do Brasil era uma realidade, no Brasileirão com certeza arrancaríamos uma vaga na Libertadores ou, que sabe, algo mais. O céu era o limite.

Nesse clima ufanista, eis que surgem do Olimpo atleticano, nossos comandantes, envoltos em uma aura de semi-deuses, afinal em 2007 cederam aos pedidos da torcida e baixaram preços e liberaram bandeiras e faixas e festa nas arquibancadas. Ainda por cima mantiveram plantel e treinador. Quase ofuscados pela luz intensa irradiada pelos todo-poderosos, os torcedores foram conclamados a participar, em peso, na campanha do Torcedor Furacão. Foi uma unanimidade entre todos que a participação era dever dos atleticanos verdadeiros. Naquele momento, se alguém suscitasse algum tipo de dúvida, seria taxado de herege, falso atleticano ou até mesmo, pior mal possível, anatematizado das fileiras atleticanas como coxa-branca enrustido. Contava-se em dezenas de milhares os que iriam participar do referido programa. Todos queriam ajudar o atlético a ser grande.

O recorde de vitórias seguidas parecia indicar que, finalmente, os sonhos dos atleticanos iriam, sim, se tornar realidade. Então começou a debandada: Ferreira, Claiton, Jancarlos, agora se fala em Marcelo Ramos. Amanhã pode ser o Vinícius, o Rodolfo e outros. São os velhos hábitos retornando. E sempre a mesma história do salário. Para nós torcedores, só nos resta irmos, aos poucos, acordando de nossos sonhos e ilusões para a velha realidade que insiste, apesar de tudo, em permanecer viva e forte.

O caso é que se não gastar, não vai ganhar título nenhum de expressão nacional. Se não é para ganhar títulos, qual a função do Atlético? O plano do Torcedor Furacão serve para quê, afinal? Qual o objetivo? Juntar dinheiro para quê, se não se contrata, não se segura os bons jogadores.

Foi uma pena que o recorde de 1949 tenha sido quebrado. Aquilo representava um Atlético diferente. Muitos podem chamar esse meu sentimento de saudosismo. Eu digo que é vergonha mesmo. Vergonha do presente.



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