Fala, Gabiru!
Ao navegar pelo site preferido da torcida atleticana, vi que uma enquete está sendo realizada para saber quem deve ser o próximo entrevistado depois de Luiz Augusto Xavier. Grande entrevista esta, por sinal. Quem leu, percebeu que o próprio Xavier já deu a letra para a próxima. Ao ser perguntado quem é o grande nome do Atlético hoje, sem ter nenhuma dúvida, ele respondeu: Adriano. E continuou: “ele é um fora de série”. Concordo em gênero, número, grau e futebol.
Adriano é uma jóia rara no futebol nacional de hoje. Joga com amor à profissão e dedicação total à camisa que veste, que por sorte, é a nossa. E além disso, joga muita bola. E para nossa alegria, no momento em que escrevo estas mal-traçadas linhas, fico sabendo de sua merecidíssima convocação para a Seleção junto com o Kleberson e (surpresa!) Ilan. Por isso acho que já está mais do que na hora de elevarmos ainda mais a reverência a esse grande atleta. Loas e loas para o Gabiru. E uma forma muito bacana de homenageá-lo é fazê-lo o escolhido para uma entrevista. Havia outros nomes na enquete, até o do peruano Lobatón, que tinha a preferência da maioria. Mas se tem alguém que merece ser conhecido melhor pela massa rubro-negra, esse alguém é o Adriano.
Eu e garanto, muitos torcedores, gostaríamos de conhecer melhor esse que é um dos grandes craques do clube Atlético Paranaense em todos os tempos. Lembro como se fosse ontem da vibração do cara após sofrer o pênalti que originou o 4º gol contra o São Caetano. De joelhos no gramado, mãos para o alto, gritando forte junto com a galera. Essa é a imagem que para mim melhor representa aquilo que ele significa. É a sua marca.
Adriano é meio low profile. Não é daqueles jogadores falastrões que fazem moral com a torcida usando palavras ou gestos estudados. Tudo o que mostra é a sua arte. Correndo incansavelmente no gramado, disputando cada bola, driblando, lançando e fazendo gols. Suas pernas falam por ele. Mas chegou a hora dele falar usando o verbo. De ouvirmos esse tímido alagoano que chegou franzino e simplório e virou um gigante e agora, jogador de Seleção, dizendo o que pensa, se expressando, falando um pouco da sua vida e do Atlético. Acho que essa entrevista vai ajudá-lo a ser o ídolo que ele merece ser. Pessoas reservadas como ele demoram um pouco mais para ganhar a empatia geral. Mas quando se abrem vemos muitas vezes que são grandes seres humanos e nos perguntamos porque não os conhecíamos assim antes. O Lobatón ainda tem muito o que trabalhar antes de dar sua entrevista. Antes dele tem o Adriano, lógico, Ilan (jogador “a nível de” de Seleção brasileira), Vadão e outros. Mas a entrevista agora tem que ser com ele: Fala, Gabiru!
Saudações Rubro-Negras aos torcedores do único time do Paraná com três jogadores na Seleção Brasileira (coxarada: a inveja é uma merda).