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26 jan 2004 - 17h23

Gabiru

14h00 do sábado passado. Estava louco para ir à Baixada ver o Atlético, mas minha mãe havia retornado de uma viagem (ficou 30 dias fora) e eu precisava vê-la, então, resolvi ir à casa dela no interior da Lapa/PR. Peguei o velho Willys e a esposa e, na velocidade compatível à idade do veículo, em pouco menos de duas horas lá estávamos aos abraços com minha mãezinha. Gosto desse trajeto, ainda mais quando vou pelas estradinhas-de-chão do Bugre (Campo Largo) e saio lá na entrada da “Legendária”.

Mas, essa viagem não foi tão boa quanto parece. Não pelo Jeep 1960 e pela companhia, que me proporcionam momentos de grande alegria, mas pela saída do conjunto onde moro em Curitiba, quando encontro um amigo atleticano que, indignado, me diz: “já ta sabendo da bomba? – o Gabiru tá indo pro coxa!”. Como dizem os mineiros, “quascaí”. Estávamos com pressa e acabei não entrando muito em detalhes com o vizinho, limitando-me apenas à fonte da informação e a falar-lhe que era tudo papo furado, notícia para vender.

Ocorre que desde a saída de casa até chegar à Lapa, não consegui pensar em outra coisa – quase tive um ataque cardíaco. Só fui me acalmar quando escutei pelo rádio que não se tratava de um fato que se concretizasse. Daí, foi só escutar a goleada.

Porém, serviu para me mostrar o quanto esse negócio de paixão é infinitamente superior ao que eu pensava. Não por temer que o Adriano possa, num Atletiba, ajudar a derrotar nosso Furacão, mas sim por um grande ídolo no time ir para o outro lado.

O Adriano, como profissional que é, tem todo o direito de escolher o time que bem entender para jogar, menos o coritiba. Aliás, se essa estória (ou história) toda for verídica, acho que nosso guerreiro foi muito infeliz nas suas intenções. Há n times interessados em seu futebol, e não consigo acreditar que os verdes sejam a melhor opção, não há um argumento sequer que me faça crer que seria, profissionalmente, o melhor para o Gabiru, principalmente no aspecto financeiro.

Outro ponto que deve ser pesado, refere-se à torcida.” – Adriano, se você for pro coxa, você é um traíra!”. O Adriano não estará jogando a torcida contra a diretoria ou o técnico. Estes, entra ano e sai ano, vão mudando, dificilmente lembraremos “dos seus atos anti-torcedor”. Mas, com jogador a coisa é diferente, ainda mais quando se trata de um ídolo. Se, neste momento, o Gabiru vestir aquele pano-fedido-verde-e-branco, será meu inimigo número 1 no futebol, vou esquecer tudo de bom que você fez no Atlético e lembrar só daquele pênalti que você perdeu contra o galo mineiro na Libertadores. Ficarei eternamente torcendo para que tua unha do dedão do pé fique encravada. Não quero isso Adriano! Você não precisa querer ficar no Atlético, mas no coxa não dá. Pense nos seus salários que vão atrasar, no FGTS que não será recolhido, nas contribuições para sua aposentadoria que não serão pagas, na micose que você vai pegar no vestiário do “majestoso”, na solidão de jogar com estádio vazio ou só escutando a torcida adversária, na água que te vai causar desinteria, no narrador da marcha reduzida daquela rádio AM, na hipótese de ter que jogar ao lado do marcel e do brum, naquele diretor daquele jeito, pelamordedeus, pense nisso tudo e mais um pouco guri.

Adriano, não faça isso comigo, não faça eu lhe jogar praga, não vá para aquele timeco. Até hoje entro no site do Tigres para torcer pelo Kleber, idem Kleberson, Souza, Lucas, Paulo Rink, Oséas, Kelly, Reginaldo, Alberto, etc. Mas pro coxa não dá, a incompatibilidade é demais. Enfim, não troque a paixão de uma torcida inteira por um pingo de orgulho.



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