Parabéns pra vocês, nesta data querida…

Precisamente a oitenta anos atrás acontecia um fato histórico, uma Assembléia Geral para posse da diretoria de um novo clube, que surgia da fusão dos clubes América e Internacional. Era o Clube Atlético Paranaense, o nosso querido rubro-negro, que em seu estandarte trazia o vermelho do América e o preto do Internacional.

E estas cores foram tornando-se uma paixão, com um começo vitorioso sendo Campeão Paranaense do ano de 1925, e afinal que força, que mística é essa que envolve esta camisa com tão “briosas” cores. Camisa de um time que ficou conhecido como “Furacão”, expressão utilizada para nomear quão avassalador o time era para os adversários. Camisa suada, sofrida, com a qual tantos enxugaram o seu pranto, como no melancólico ano de 1967 com o rebaixamento que só não se confirmou pela intervenção do grande Jofre Cabral e Silva, talvez um dos torcedores que melhor representam esta paixão a qual me referi, falecendo em plena arquibancada. Mas muitas outras vezes as lágrimas enxugadas foram de alegria, e aí, sem nenhuma dúvida, a maior foi o título de Campeão Brasileiro no ano de 2001, embora pra mim especialmente o título de 1990 na casa do adversário com direito a gol contra foi o que teve o melhor sabor, talvez o mais sofrido se nos recordarmos do primeiro jogo da final, o gol de Dirceu quando alguns atleticanos já não estavam mais naquele estádio.

Quantas recordações me traz esta paixão, quantos jogos, gols de perder a conta, gols que nem me lembro mais. Quantos jogadores, quantas amizades, quantas horas dedicadas a uma paixão como de fato deve ser o maior de todos os apaixonados, sem esperar nada em troca. Uma paixão que às vezes beira o ódio, ultrapassando a linha que divide estes dois, quando o atacante perde um gol ou o lateral nem cruza e nem chuta a gol.

Imensa é a felicidade de completar oito décadas e ser movido pela mesma paixão, que acompanhou o objeto desse “amor” mesmo naqueles fatídicos tempos de Pinheirão, e poder neste dia gritar para toda a cidade a alegria de ser rubro-negro. Comemore torcedor, deixe de lado tudo e comemore. Concentre-se para a festa maior quando, se os deuses do futebol deixarem, o nosso time erguer a taça de campeão, invicto, neste ano mais do que especial.

Parabéns a Sicupira, Nilson Borges, Assis e tantos outros craques, a memória de Caju e Joaquim Américo. Parabéns a todos os atleticanos de verdade, a meus amigos atleticanos e a minha outra paixão (também rubro-negra) Andrea. Parabéns e obrigado Farinhaqui por mostrar que havia uma luz no fim do túnel, parabéns Petráglia e até mesmo João Fleury. Mas parabéns mesmo a você atleticano que é a verdadeira razão de ser desta paixão, o sangue que corre pelas veias até explodir no coração, parabéns a você que realmente veste esta camisa por amor, e, com amor.

É dia de festa, por isso esta mensagem fala de alegria e paixão. Que todos possam comemorar esquecendo um pouco de todo o resto, e que os próximos oitenta anos sejam tão “apaixonados” quanto estes…

Parabéns, Atleticanos!