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30 out 2004 - 16h45

Morte no campo, situação previnível

Como médico e amante do futebol, não poderia deixar de comentar o lamentável fato ocorrido com o zagueiro Serginho, que faleceu em campo ontem à noite na disputa do campeonato brasileiro.

Serginho faleceu de morte súbita, de provável origem cardíaca, fato a ser confirmado após autópsia (se é que será feita). A morte súbita ocorre em jovens por causas cardiológicas, paradas cardíacas após arritmias em portadores de pré-disposição. O fato é que algumas lesões predisponentes são identificáveis, e devem ser tratadas, principalmente em jogadores de futebol, que realizam esforços físicos exacerbados, onde o risco de morte é maior que na população geral.

No Atlético paranaense, o jogador Alan Bahia teve situação semelhante. Foi identificada uma arritmia cardíaca no jogador, a rara síndrome de Wolff-Parkinson-White. O jogador foi muito bem examinado e tratado de acordo com sua doença, e após muitos testes teve sua liberação para jogar. O Atlético já tinha a experiência de Washington, que apresentou insuficiência coronariana (doença de etiologia bem diferente), e após todo o planejamento e tratamento de longos meses, pôde voltar a jogar sob rigorosa supervisão médica.

Vejam os senhores que o clube Atlético paranaense é também referência em saúde de jogadores de futebol, não só em time, CT e estádio. A estrutura do departamento médico, chefiado pelo competente Dr. Edilson Thiele é fantástica, e novamente dá exemplo pro Brasil inteiro.

Serginho sabia que tinha predisposição para arritmias cardíacas, parece não ter se preocupado muito, assim como a diretoria de seu clube. O atendimento que teve no Morumbi não foi perfeito, mas foi incomparavelmente superior aos recebidos pelo jogador húngaro do Benfica e pelo camaronês Foe, no exterior. Mostra o avanço da medicina no futebol no Brasil.

Responsabilizar o clube como uma metralhadora giratória, baseado na emoção da perda de um jogador querido, como fez o lamentável Mário Sérgio pontes de Paiva (novamente envolvido em polêmica) é precoce e irresponsável. Se Serginho tinha realmente assinado um termo de compromisso, isenta parcialmente o clube da responsabilidade. Mas não deveria ser mais aceito no time, já que o risco de 1% de problemas é de 100% pro jogador acometido, quando a morte ocorre.

Restam nossas condolências à família do jogador. O campeonato brasileiro na reta final perde um pouco de seu brilho.

ATLÉTICO

Novamente enquanto Deus pune alguns com a perda da vida, dá ao Atlético um desmerecido gás na respiração ofegante rumo ao título e à libertadores da América. Acontece que o Santos também perdeu seu gás, e mesmo com Luxemburgo não consegue mais produzir o mesmo futebol. A interrupção do jogo entre São Paulo e São Caetano serve para esfriar ainda mais o ânimo dos paulistas, e novamente dá ao Atlético todas as condições de brigar pelo bi. Resta ao time de nossos corações ter RAÇA E COMPETÊNCIA. Parece que os deuses do futebol querem mesmo ver o Atlético no topo.



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