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29 nov 2004 - 8h01

Não à insanidade autofágica

Apesar de todos os pesares, foi a partida mais espetacular do campeonato até agora. O Atletico, até os vinte e três minutos do segundo tempo, foi absolutamente perfeito. O Grêmio, de sua vez, mostrou, nos minutos que lhe restavam para resgatar em parte a sua honra, porque foi um dia campeão mundial. Se o resultado do jogo houvesse sido, por exemplo, 1×1, com o Atlético empatanto no último minuto, todos estariam a comemorar o “o ponto ganho” fora de casa; diante das circunstâncias que caracterizaram a partida, porém, muitos estão “caindo de pau” nos nossos excepcionais jogadores e, principalmente, no técnico Levir Culpi.

Ninguém sequer se lembrou de mencionar que, quando ganhávamos por 3×0, o Washington levou uma “rasteira” dentro da pequena área (pênalti indiscutível), ocasião em que o comentarista da Sportv chegou a afirmar de que o árbitro só não marcou a falta máxima porque estava 3×0… Fiquei perplexo com o teor dos “comentários” feitos após o jogo por uma equipe de esportes de uma estação de rádio local, principalmente em relação ao Levir Culpi. Chegaram a chamá-lo de técnico “covarde” e “medíocre”, dizendo, entre outras coisas, que o Atlético tinha que demiti-lo depois dessa partida, etc. etc.

Ora, como todos sabem, com raras e honrosas exceções, a nossa crônica esportiva caracteriza-se pela completa falta de qualificação profissional e, principalmente, intelectual. Por essa razão, irmãos rubro-negros, não vamos permitir que essa meia-dúzia de medíocres autofágicos contaminem a nossa visão crítica a respeito de nossos valorosos atletas e do excepcional técnico de futebol que temos que, aliás, é aqui da nossa terra. Como verdadeiro atleticano que sou (somente assim é quem entende as agruras do futebol e, portanto, é capaz de aplaudir a equipe em qualquer situação, mesmo na derrota) -vejam, por exemplo, o comportamento da torcida do próprio Grêmio após o jogo-, digo a vocês todos que, fora eu o Levir, teria feito exatamente o que ele fez (creio que o Fabiano já estava sem condições físicas àquela altura e o Marinho pendurado -temos ainda três jogos-).

Teoricamente correta postura do nosso treinador: faltando 20 minutos, consideradas as particularidades acima destacadas, colocou dois jogadores de “meia-contenção” e um zagueiro (o mais experiente e capacitado de que dispunha, no caso, o Igor). Infelizmente, como se viu, tais alterações não surtiram o efeito que, por lógica racional, deveriam surtir. Coisas do apaixonante futebol. De resto, não jogamos com uma equipe qualquer; jogamos contra um dos três maiores clubes do futebol brasileiro em todos os tempos. Ninguém lembrou também de que o decantado Santos, há não muitos dias passados, após estar ganhando por 4×1, permitiu que o Cruzeiro, outra clube de grande tradição, faltando poucos minutos para terminar a partida, iniciasse uma incrível reação e empatasse o jogo em 4×4.

Aliás, por falar no Santos, com que sacrifício eles empataram em 1×1 com o “tradicionalíssimo” Paissandu (com todo o respeito). Dos três jogos que nos faltam, não esqueçam, jogamos dois em casa (contra o São Caetano e o Botafogo -velhos fregueses-) e um fora -contra o Vasco da Gama, que de há muito já não é o grande time que sempre foi-. Alguém duvida de que temos equipe para ganhar esses três jogos? Acho que ninguém, né?

Nem os “arautos do autofagismo” aos quais me referi supra. Então, “ilustres e capacitados cronistas”, se vocês não têm capacidade para conseguir audiência por falta de qualificação profissional e intelectual (analisar as circunstâncias do jogo com serenidade e profissionalismo), CALEM ESSAS IMENSAS E IRRESPONSÁVEIS BOCAS E ENALTEÇAM AS VIRTUDES DO ATLÉTICO – QUE SÃO MUITAS -, AO REVÉS DE TENTAR CRIAR “CRISES POR ENCOMENDA”, JUSTAMENTE QUANDO NOS FALTAM SOMENTE TRÊS PASSOS PARA ATINGIRMOS A FINAL E INEVITÁVEL – OUVIRAM? “INEVITÁVEL” – CONSAGRAÇÃO.

Nossos magníficos jogadores e nosso competentíssimo técnico precisam de incentivo (sempre) e de crítica justa (quando a merecerem); não de calúnias, injúrias e ataques despropositados (será?) e irracionais. Afinal -ouçam-me bravos jogadores e comissão técnica-, “INJÚRIAS, CALÚNIAS E ATAQUES NÃO SÃO PRÓPRIOS PARA SEREM DIRIGIDOS A BICAMPEÕES BRASILEIROS”. Parabéns pela grandiosa conquista que VOCÊS JÁ HÁ MUITO TEMPO DECIDIRAM ALCANÇAR. Atleticanos: Agora mais do que nunca, vamos ao topo, todos juntos, cada um fazendo “o dobro” da sua parte.



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