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29 nov 2004 - 8h03

O preço da estrela

Uma estrela sempre custa caro. Uma grande atriz, um grande jogador de futebol, uma famosa banda de rock. O preço sempre é alto. Mas nossa segunda estrela dourada está passando da conta. O preço está sendo muito maior que o esperado, graças aos sustos que nossa defesa tem nos pregado na reta final do campeonato brasileiro.

Em agosto saímos na frente e cedemos o empate ao Botafogo. No mesmo, mês cedemos o empate injustamente (pênalti inexistente) ao Figueirense. Após 3 vitórias, voltamos a dar de presente pontos aos anfitriões, como contra o Santos na Vila Belmiro, em setembro. Voltamos a ser bonzinhos contra o Juventude, em Caxias, após estarmos ganhando por 3 a 1. Talvez o maior presente tenha sido contra o Paraná. Nenhum atleticano engoliu aquele empate num chute de fora da área de Messias aos 46 do segundo tempo. Achava que tínhamos aprendido a lição. Mas não: o atlético brinca de perder pontos e corre riscos de perder o bicampeonato após a palhaçada de ontem..

Contra o Grêmio em Erechim abrimos 3 a 0 com autoridade. Jogando muito, no contra-ataque, todos que víamos o jogo estávamos tranqüilos. Jamais perderíamos aqueles pontos. Porém, o vacilo de nossa defesa, permitiu o pior dos desastres esse ano, aos 47 do segundo tempo. Nunca um empate veio com sabor tão amargo de derrota como esse 3 a 3 contra o rebaixado Grêmio.

Quem quer ser campeão precisa saber que os chavões do futebol são uma realidade. “O jogo só termina quando acaba”. Até o apito final do juiz tudo pode acontecer. A vitória do Brasil na Copa América esse ano contra a Argentina mostrou isso. Dois gols em 2 minutos e a vitória nos pênaltis acabaram com “nostros hermanos”. Parece que o time do Atlético não fez essa lição de casa.

Ontem entregamos 2 pontos ganhos, de graça, para um time rebaixado e sem qualquer ambição no campeonato. Quem achou que o jogo estava ganho deve ter ficado com a mesma cara de “canal anal” que eu fiquei na frente da TV, segurando a cerveja e sem proferir uma palavra em 4 ou 5 minutos. Nunca tinha sido tão fácil. Quem gritou “Olé” aos 20 do segundo tempo voltou de Erechim com a cabeça inchada. Graças à desatenção de nossa defesa, que no domingo passado, contra a Ponte Preta, já nos tinha assustado.

Ainda dá, eu acredito. Podemos ser bicampeões.

Mas, por favor, Levir e companhia: levem mais a sério nossos sentimentos. Dependemos de nós. O São Caetano não é o Grêmio, caindo pelas linhas do campo. Domingo é dia de decisão. E em decisão não se brinca. Ou amargaremos o desfalcado Santos ou o ressuscitado São Paulo levantando a taça.

Reservei minhas passagens para o Rio, em São Januário. Espero que minha seriedade seja tão grande quanto a nossa atenção nos minutos finais dos jogos. O jogo só acaba aos 45 do segundo tempo. E o campeonato, após os acréscimos da última rodada.

Nunca ganhar uma estrela foi tão caro. Tão suado. Mas temos time e seriedade para a vitória. Não há margem para mais erros. Perder o título este ano terá sabor amargo, pelas atuais circunstâncias. Tudo está a nosso favor. Menos nossa concentração.

Que estes sustos nunca mais ocorram. Meu coração é mais fraco que o do Washington.



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