Os dois Atléticos
Existem dois Atléticos neste Brasileiro. Um carrega o outro nas costas. O primeiro tem dois ótimos atacantes, um grande meia, dois bons alas. Faz muitos gols, joga pra frente comandado por um técnico que arma bem a equipe.
O segundo tem William e Igor, que não possuem condições de vestir a camisa rubro-negra. Tem um goleiro simpático que fala bem, mas jamais sai em bolas alçadas na área. Tem Rogério Corrêa, que adora olhar para o céu e ver bolas passando como se fossem aviões. Comandados por um técnico capaz de desmanchar uma equipe em poucos segundos em função de uma visualização tática que só os técnicos costumam enxergar.
Aos trinta minutos do segundo tempo, resolvi abrir uma cervejinha para relaxar. Tudo caminhava como o planejado. Fazia contas. Bastava ganhar as duas em casa. Aos quarenta e sete, a cerveja azedou e o mundo parecia cair sobre minha cabeça. Agora, amigos, a coisa complicou. Alguém tem dúvidas que o Santos tem seis pontos certos contra Grêmio e Vasco? Contra o São Caetano, tudo pode acontecer, até uma vitória santista.
Agora é rezar para que o primeiro Atlético carregue o segundo rumo a três vitórias. E o pior jogo será contra o Vasco na penúltima rodada fugindo do rebaixamento, comandado pelo desafeto do Petraglia. Esta será a rodada decisiva, pois na última quem estiver na vantagem será o campeão. Precisamos de doze gols, quatro por partida. E esperar que a defesa com o auxílio das mudanças do Levir não tome mais que três por jogo.