É profundamente lamentável o que temos percebido nas últimas semanas. Apesar do time sequer ter estreado na Libertadores, o sentimento que tomava conta da maior parte da torcida, era o do negativismo, desconfiança generalizada.

Desde 2001, a torcida rubro-negra ficou bem mais exigente do que outrora. Não que isso seja ruim, pelo contrário, até é um bom sinal. Todavia, a desproporção das reclamações entre o final de 2004 e o início da temporada 2005 é que chamam a atenção. A saída de Washington, o grande ídolo do ano passado, já era dada como certa. Porém o desligamento de jogadores como Ivan, Marinho, Correa e, principalmente, Jadson, fizeram com que uma impressionante onda de pessimismo tomasse conta de grande parte da torcida atleticana. E logo a torcida atleticana, tão conhecida por acreditar sempre.

Aliado a tudo isso, a torcida rubro-negra se deixa influenciar pela imprensa formadora de (burra) opinião. A crítica latente ao trabalho da diretoria do Atlético, tão invejado no resto do Brasil, chega a ser desleal. Critica-se o trabalho de uma comissão técnica, que sequer inicou seu trabalho. Reclama-se que Mior não tem a experiência necessária. Pergunto: e se a campanha na Libertadores for excelente (como se prenuncia depois da estréia)? E se vier o título? Como ficarão aqueles que despejaram críticas desfundamentadas?

Reclama-se da venda precipitada de Jadson, arguindo-se que não há ninguém capaz de substituí-lo. Ora, é o mesmo argumento que se utilizava para lamentar a saída de Oséas e Paulo Rink. Mas depois vieram Warley, Tuta, Lucas, Kelly, Kléber, Adauto, Alex Mineiro, Dagoberto, Washington, Denis Marques. E agora a esperança se renova com Aloísio e Maciel.

Diante de tudo isso, gostaria de deixar uma mensagem de incentivo à torcida do CAP. Que a temporada que está apenas no início seja marcada pelo incondicional apoio vindo das arquibancadas, ou melhor, cadeiras. Que os atleticanos espalhem otimismo e confiança, porque essa Diretoria já provou que tem crédito, e muito.