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27 abr 2005 - 13h19

A paixão da torcida e os erros da diretoria

Passada a euforia pela conquista do título do Campeonato Paranaense e a passagem para a segunda fase da Copa Libertadores (só um milagre tira a vaga do Atlético) uma questão foi formulada em minha cabeça a respeito da paixão da nossa torcida em relação ao nosso time e o desrespeito/descaso da diretoria do Atlético com a sua imensa massa.

Vale a pena nos desesperarmos, brigarmos e termos uma paixão desenfreada pelo nosso time do coração?

Por muitos e muitos anos eu acreditei que isso era válido, que além de tudo brigar pelo nosso time era uma questão de honra. Depois dos acontecimentos das últimas semanas essa questão me veio a cabeça. Por que nós simples mortais que amamos o futebol e principalmente o Clube Atlético Paranaense vamos nos desesperar se as pessoas que conduzem o clube não se preocupam com isso? Há anos nossos primeiros três meses do ano são caóticos, sempre com novas invenções, novos treinadores, novos métodos que resultam sempre na mesma coisa. Uma má pré temporada, um péssimo Campeonato Paranaense (esse ano conquistamos o título mas no ano passado o entregamos de mão beijada para o time da colônia) e um começo de Brasileirão aos trancos e barrancos (esse ano não foi diferente estreamos com derrota em casa para a Ponte Preta).

Tudo isso começou mais precisamente em 2002, logo após a conquista do nosso maior título com a saída do técnico Geninho, querido por toda a torcida e “desprezado” pela diretoria. De lá pra cá vieram tantos nomes para começar a temporada que podemos citar alguns exemplos como: Heriberto da Cunha, Flávio Lopes, Gilson Nunes e por último desenterraram Casemiro Mior que estava quieto do outro lado do Globo e foram buscá-lo.

Mas voltando aos começo até onde devemos extravasar nossas emoções? Até que ponto vale a pena brigarmos pelo nosso time se os comandantes não se preocupam com isso? Para eles tanto faz a Arena cheia ou vazia, tanto faz se ela está fervendo ou congelada e bota congelada nisso, nos últimos tempos, a briga entre a diretoria do clube e nossa maior torcida organizada fez com que a Arena fosse vista com outros olhos por todos os cantos do Brasil. Até o final de 2001 a Arena era temida pelos adversários, o clube era admirado pelo fanatismo da sua torcida, hoje nada disso faz mais sentido, porque para a diretoria tanto faz ver o Caldeirão fervendo ou não, para eles o que importa é que todos os ingressos sejam vendidos (tentaram colocar os ingressos da Libertadores e os da final do Paranaense juntos para venda, o que aconteceu? Esgotaram-se os ingressos da final e os da Libertadores poderiam ser adquiridos até 10 minutos antes da partida) e que o dinheiro entre em caixa.

A ira de alguns torcedores das torcidas organizadas em relação aos Srs João Augusto Fleury da Rocha e Mário Celso Petraglia no final da partida contra o América de Cali de nada adiantou, mas a arrogância e o egoísmo da diretoria do Atlético privaram toda a torcida do Atlético de assistir o jogo da final contra o nosso arqui rival. Por que? Medo que o time não correspondesse em campo? Isso não é um incentivo a compra de ingressos que estão nas mãos dos cambista? Tinha uma cláusula no contrato da TV onde eles queriam mais dinheiro. Esse dinheiro que paga os salários dos atletas e funcionários do clube, mas está certo deixar mais de um milhão de atleticanos sem assistir a final do Campeonato Paranaense?

O que não pode acontecer é o torcedor ir para ao estádio vaiar o time (vide coluna do Campelo de 15/04/05), se não for para apoiar, fique em casa, faça como eu que deixei de vaiar o time há alguns anos, vendo que estava me prejudicando (ficava irritado facilmente e sem voz) e prejudicando o time também, se eu sair de casa com o pensamento de vaiar o time eu nem vou ao jogo.

Essa novela tem muito ainda para se desenrolar, o fanatismo da torcida jamais se acabará, poderá ficar inativo como um vulcão mas jamais se apagará, por outro lado, os erros e acertos da diretoria continuarão acontecendo passando por cima de tudo e de todos e deixando muitas vezes a torcida de lado. Mas esse capítulo poderá ser descrito um outro dia e num outro momento propício.

Enfim, vale a pena sermos tão apaixonados assim???



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