Obrigado, Clube Atlético Paranaense
Chego aos meus 30 anos com uma certeza: nasci atleticano, sou atleticano e morrerei atleticano. Agradeço a Deus todos os dias de minha vida por tudo que tenho, tudo que conquistei, tive várias paixões, principalmente na infância e juventude, hoje sou casado, tenho um lindo filho e uma bela família, mas uma paixão nunca diminuiu em todos esses dias da minha vida, o amor que tenho pelo Clube Atlético Paranaense.
Atualmente vivemos o momento mais importante na vida do Atlético, fomos o primeiro time paranaense a nos classificarmos para as quartas de final da Copa Libertadores da América e com mais um empate chegaremos a tão sonhada semifinal, o jogo será contra o Santos no próximo dia 15/06 e para passarmos para a próxima fase da competição mais importante do Continente precisaremos muita força de vontade, garra e inteligência para não cairmos nas armadilhas montadas pela equipe praiana.
Se por um lado estamos vivendo um sonho, por outro lado estamos muito preocupados, pois o time ainda não começou a jogar o Campeonato Brasileiro, foram 6 derrotas em 6 jogos e a última posição na tabela não é agradável para ninguém.
Lembro-me muito bem que em meados da década de 90 o nosso time era sofrível, como era difícil ir ao Pinheirão acompanhar o Furacão, mas sempre estive lá, como se fora um namorado cultivando o amor de sua amada.
Em 1995 quando o Atlético subiu para a 1º divisão, eu chorei, chorei de alegria e de emoção, estava cansado de ver Barra do Garça, Mogi Mirim e Cia limitada.
De lá pra cá tive muitas alegrias, desde a Seletiva da Libertadores em 1999, os Campeonatos Paranaense que conquistamos até então, mas o mais marcante de todos os títulos foi o de Campeão Brasileiro em 2001. Aquele time jogava por música, todos se conheciam e sabiam onde cada um estava naquele momento dentro do gramado e naquele 23 de dezembro de 2001 eu vi com esses olhos que a Terra há de comer a nossa cidade se transformar num mar vermelho e preto. Foi muita emoção para uma pessoa só, para uma nação só, aqueles momentos de alegria foram únicos. Plagiando o colunista e meu amigo Sergio Surugi naquele dia os meus amigos íntimos desconhecidos foram tantos que eu nem sei quantas pessoas eu abracei comemorando o título do brasileiro.
Se tiver direito a um pedido, peço ao Papai do Céu que me dê saúde para ver o Furacão brilhar seja nos âmbito nacional ou internacional, pois tenho certeza que até o final da minha vida eu verei o Clube Atlético Paranaense no lugar mais alto do podium por muitas vezes.