Carta aberta a Antonio Lopes
Transcrevo abaixo o conteúdo da carta que enviei ao prof. Antônio Lopes, na data de hoje.
Prezado Prof. Antônio Lopes:
Infelizmente, não ganhamos a Libertadores; mas estamos de parabéns, porque disputamos uma final de Libertadores, coisa que poucos clubes conseguem. Quantas grandes equipes brasileiras ainda não chegaram nem perto dessa possibilidade?
Estão de parabéns o senhor, que transformou um punhado de jogadores em uma equipe (aliás, duas, já que a equipe B tem também força competitiva) e esse plantel esforçado, que demonstra merecer vestir o manto rubro-negro.
Fabrício perdeu o penalti, mas isso faz parte da vida de todo jogador. Não pode, pois, ser estigmatizado, por isso; acredito, aliás, que Fabrício será um grande contribuidor para boas campanhas do Atlético em outros torneios. Acredito que, na verdade, a equipe ainda não jogou tudo o que sabe e pode. Quando tivermos Fernandinho, Adriano e Dagoberto no meio, creio que será uma equipe quase que imbatível.
A batalha da Libertadores acabou; temos de nos concentrar, agora, na batalha do Brasileiro, tendo por objetivos gradativos:
sair da zona de rebaixamento;
conquistar uma vaga na Copa Sulamericana 2006;
conquistar uma vaga na Libertadores 2006; e
conquistar o título de 2005.
Volto novamente a mencionar aquele esquema de uma corrida de Fórmula 1.
O campeonato brasileiro é uma corrida de F1, disputada por 22 carros. A pista tem 116 unidades de comprimento (pontuação máxima a que Ponte Preta e Fluminense, líderes atuais, podem alcançar).
Estamos na volta 11. Restam 31 voltas (muitas voltas, ainda).
Os carros da Ponte Preta e do Fluminense estão lado a lado, no marco 23.
O carro do Furacão está em 22o. lugar, no marco 6.
A posição do carro é ruim, mas vamos considerar que seu piloto é o Senna e que este fará, a partir de agora, uma de suas memoráveis corridas de recuperação.
O primeiro alvo é o carro do Galo Mineiro, que não pode ser menosprezado, pois pertence a uma boa construtora e bem que o piloto ali dentro pode ser o Prost, o Piquet, o Schumacher.
Todo o plantel, diariamente, entendo, teria de visualizar o mapa dessa corrida, com a posição de todos os carros. A equipe tem de ter como alvo fazer “voltas mais rápidas”, uma após a outra.
Cada posição conquistada deve ser efusivamente comemorada (vamos nos lembrar daquele jogador do São Paulo que vibrou ao conseguir lançar a bola para a lateral, no jogo de ontem).
Cabe a torcida atleticana agir tal qual a torcida do Senna; mesmo que o cara estivesse lá atrás, sempre havia a esperança de que terminaria a corrida bem posicionado.
Muito mais sucesso ainda em seu trabalho!!!