Parafraseando Ceni
Foi sofrido. O pior momento foi a cobrança da penalidade, que “vi” de olhos fechados, mãos na cabeça, coração em disparada. “Na traaave….”, sentenciou o Galvão Bueno, tricolor como ele só. No instante seguinte, ao invés de tristeza, senti orgulho. Vi que caíamos diante de uma equipe inspirada, fadada a levantar o caneco em função de um melhor planejamento, de um jogo de bastidores bem elaborado, enfim.
Era a noite do São Paulo e, francamente, creio que se o jogo durasse mais 200 minutos o resultado não nos seria favorável. Ainda assim o hino mais lindo do mundo tocou alto naquela noite. Os vizinhos não devem ter entendido nada ou, se não acompanharam a partida, devem ter pensado que éramos campeões continentais.
Na verdade tratava-se apenas de um gesto de reconhecimento a uma equipe de heróis, de guerreiros que honraram com suor, lágrimas e sangue o manto sagrado. Eu, que jamais escrevo depois de uma derrota (“… poupo e calo-me na dor, para bradar as alegrias com toda a força de meu ser.”), venho hoje declarar um sentimento único.
Parafraseando o excepcional goleiro são-paulino: “Eu amo esse time!” Não o dele, mas o meu brilhante, guerreiro e forte Clube Atlético dos Paranaenses. Obrigado, rubronegro, por me fazer um homem feliz. Ah, e aos porcos verdes que lêem estas mal-traçadas (há alguns anos a única alegria deles é infiltrarem-se entre nós para torcer contra), um recado sincero: Ei, coxa, vai tomar no cu!