Equipes em ascensão
Sei que o pessoal da Ponte, do Inter e do Botafogo não vai gostar, mas o Brasileiro só agora começa para valer. Os três pontos de antes contam tanto quanto os do futuro, mas as cabeças de muitos times e muitas torcidas estavam em outra. A Libertadores, a Copa do Brasil e a Copa das Confederações inverteram prioridades e sabotaram campanhas.
Dois elementos decisivos para embalar:
1) Elenco: com a liquidação exportadora para a pré-temporada européia, várias equipes se enfraquecem. As de Santos e Fluminense parecem as mais castigadas. O Atlético-PR perdeu Fernandinho, logo quando ele aprumava a forma. O quadro se desenha, mas prossegue indefinido.
2) Prioridades: na “volta” ao Brasileiro, São Paulo, Atlético-PR e Santos reagiram de modo diferente. No caso são-paulino, como se viu contra o Brasiliense, não se sabe se o time padece da ressaca da festa da Libertadores, da ansiedade precoce com o Mundial ou das duas coisas juntas. O Furacão mostrou que pode ir muito mais longe, até mesmo a uma nova Libertadores, do que deu pinta meses atrás. O Santos é uma incógnita. A eventual empolgação com a Copa Sul-Americana pode fazer com que alguns clubes deixem o Brasileiro pra lá.
No ano passado, quando a Ponte Preta ponteava, escrevi que seu time era medíocre (“mediano”, segundo o Houaiss). Choveram mensagens furibundas. Ao final, ficou em colocação mediana.
Depois da vitória sem brilho no sábado contra o Figueirense (que merecia melhor sorte no primeiro tempo) e da derrota de 4 a 2 para o Botafogo, fico à vontade (pois longe do oba-oba) para falar da Ponte, de novo na liderança: a equipe atual parece mais sólida e com mais fôlego do que a de 2004. Juntamente com o Atlético, São Paulo, Palmeiras e Corinthans, clubes que vão sem dúvida subir muito podendo chegar ao topo da tabela.
Obs: acredito muito no potencial do Atlético Paranaense que jogando no seu Santuário(Arena da Baixada) é praticamente imbatível.