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14 ago 2005 - 14h30

Lamentável

Pois é. O impossível aconteceu. Depois de 9 jogos sem jamais ter perdido para o Paysandu, o Clube Atlético Paranaense conseguiu a proeza de melhorar a posição do time adversário na tabela do brasileirão, perdendo pela primeira vez para um time fraco, com jogadores de pouca ou nenhuma qualidade técnica e que até então realmente fazia por merecer a lanterna do campeonato.

No entanto, o rubro negro foi apático, sem garra, sem vontade, lento, atrapalhado, confuso e incrivelmente perdido em campo, principalmente a partir dos 20 minutos do segundo tempo.

Não bastasse isso, mais uma vez o treinador errou na escalação e desperdiçou novamente uma substituição, quando colocou o jogador Cleverson no lugar de Marcos Vinícius, o mantendo em campo durante 17minutos e o substituindo posteriormente por Ticão, que também não jogou bem, pois não mudou nem resolveu nada.

Foi um desastre total. Com tanta bobagem, depois da metade do segundo tempo o time atleticano foi completamente dominado pelo Paysandu, que perdeu várias chances claras de gol e no final mereceu a vitória.

Não dava para crer que o time estivesse tão desordenado, com tão pouca inspiração, mesmo com a impossibilidade da participação de vários jogadores, por diversas razões.

Em minha opinião, o espírito de luta tem que prevalecer sempre. O atlético não pode se comportar como o fez hoje. Enquanto empatava o jogo, prendia a bola com timidez, nitidamente demonstrando insegurança e fraqueza, preferindo tocar a bola, mas cometendo muitos erros e dando chance para que o adversário crescesse em campo. O futebol é ingrato e costuma castigar o melhor do ponto de vista individual ou técnico, muitas vezes premiando aquele que apenas foi mais objetivo, errou menos ou foi mais eficiente. É importante ter vontade de vencer e demonstrar isso dentro de campo.

Por isso, a postura e o objetivo almejado na partida ( e no campeonato) são fundamentais para que os jogadores não se conformem apenas em se defender, pois está mais uma vez provado que, quem joga pelo empate, acaba perdendo.

Infelizmente, foi isso que aconteceu nos jogos contra o Paysandu e São Caetano. Os jogadores – e quem sabe também o treinador – estivessem satisfeitos com o empate. E, por isso, perderam.

Finalmente, acredito que alguns jogadores já demonstraram a sua incapacidade técnica e não deveriam mais participar sequer do banco de reservas, como é o caso do Marin, que com exceção de uma ou duas partidas razoáveis nunca jogou muito bem, o mesmo acontecendo com Cleverson e Dorval.

Perder faz parte do jogo. O que não faz parte é não querer vencer.



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