19 ago 2005 - 11h09

Cocito é negociado com o Tenerife

O Atlético negociou o volante Cocito com o Club Deportivo Tenerife, que disputa a Segunda Divisão do Campeonato Espanhol. O clube nega a transferência, mas a informação já foi divulgada pelos jornais Gazeta do Povo, Tribuna do Paraná e Jornal do Estado e pelos sites E-Atlético e RubroNegro.Net. Na última semana, vazou para a imprensa a notícia de que Cocito havia viajado para a Itália a fim de obter a cidadania italiana. Com isso, ele deixaria de ocupar vaga de estrangeiro em clubes europeus e teria ampliado o mercado do futebol do exterior. Havia uma sondagem de um clube turco, mas a princípio o Atlético não pretendia negociar o jogador antes do término do Brasileiro. Porém, a boa oferta do Tenerife fez os dirigentes mudarem de idéia.

De acordo com a reportagem da Gazeta do Povo, a negociação foi finalizada em 300 mil euros, o equivalente a R$ 863 mil. Cocito tinha contrato com o Atlético até o final da temporada e o clube exigiu esse valor como multa pelo rompimento contratual. O retorno de Cocito para o Brasil estava previsto para esta sexta-feira, mas com a supreendente negociação os planos mudaram. Ele seguirá direto para as Ilhas Canárias, onde assinará contrato com o Tenerife por três temporadas. Com isso, ele realizará seu sonho de jogar no futebol europeu.

Trajetória

Cocito iniciou sua carreira nas categorias de base do Botafogo de Ribeirão Preto. Era apontado como o principal talento do time de juniores do clube, mesmo jogando em uma posição defensiva. Em 1998, o Atlético firmou uma parceria com o empresário uruguaio Juan Figer e contratou, de uma só tacada, três atletas do Botafogo: Cocito, Gustavo e Lucas. Os dois últimos brilharam antes com a camisa atleticana. Lucas foi artilheiro do time em 99 e principal goleador da Seletiva para a Libertadores. Gustavo foi o herói da conquista do Campeonato Paranaense de 2000, marcando um gol no Atletiba da final.

Cocito chegou a ser titular algumas vezes, mas uma contusão crônica no púbis atrapalhou sua seqüência. Atingiu seu melhor momento durante o Campeonato Brasileiro de 2001, especialmente após a chegada do técnico Geninho. Com ele, Cocito ganhou a disputa com Pires pela posição de titular e foi decisivo na fase final da competição. O volante tem no currículo o feito de ser o único jogador a ter participado das três Libertadores do Atlético. Além disso, jogou mais uma edição de Libertadores pelo Corinthians, clube para o qual foi emprestado pelo Furacão. No ano passado, também jogou por empréstimo no Grêmio.

No início desta temporada, a diretoria do Atlético surpreendeu ao reintegrar Cocito, fugindo de uma política de não apostar em antigos jogadores. Sob o comando de Casemiro Mior, atuou como terceiro zagueiro – tanto que foi inscrito na Libertadores com a camisa 4, tradicionalmente destinada aos atletas da zaga. Fora de forma, teve atuações muito ruins e foi afastado da equipe.

Com a contratação de Antonio Lopes, voltou a jogar como volante ou como terceiro zagueiro, mais recuado. Nesta função, foi muito importante na ótima campanha do time na Libertadores, voltou a cair nas graças da torcida e obteve reconhecimento internacional. Além de desempenhar com eficiência a função de proteger a zaga, também tinha um papel decisivo como um dos líderes do plantel.

O Tenerife será o quinto clube da carreira de Cocito. Com sua saída, o Atlético deverá agilizar o processo da transferência do volante Cristian, do Paulista.



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