“Mostra tua garra” .. algum tempo atrás eu cantava essa música errado, achava que era “mostra a tua cara”. Mas acho que para hoje seria mais adequado. Furacão entrou em campo em um jogo histórico, primeiro confronto com o rival da Libertadores, em nossa casa.

Confesso que alguns dias eu estava indo dormir ansiosa por esse jogo, esperando uma caixinha de surpresas. É lógico que eu pensava em vitória e acreditava nela, mas sabia que seria um jogo duro, como foi.

Para deixar mais apimentada essa expectativa, apaixonados pelo Atlético lançaram mais um diferencial para nossa torcida. Como um grande desafio de organizar, arrecadar fundos, permissão da diretoria, motivação e colaboração de todos, o primeiro mosaico realizado em um jogo de futebol só poderia ser mesmo nosso. Essas pessoas fizeram da idéia um sucesso, lindo, palavras de minha mãe e prima que assistiam o jogo no setor Madre Maria enquanto eu estava erguendo as plaquinhas na Buenos Aieres superior, na cadeira vermelha (detalhe muito importante para uma atleticana cheia de superstições).

Minutos depois do espetáculo iniciava-se outro. Agora dentro de campo, cabia a nós apenas incentivar e muito nosso querido Rubro-Negro. Meu coração se partiu com o placar abrindo para o tricolor e mais ainda quando vi o meu xodó, Fabrício, no chão sendo carregado para fora de campo sem condições de jogo, minhas vibrações vão para ele que merecia tanto esse jogo e foi privado do mesmo, acabando no hospital com suspeita de rompimento de cruzamentos do joelho (e eu sei o quanto isso dói e como a recuperação é chata, a marca no meu esquerdo não me deixa esquecer).

Mas, vocês conhecem aquela história que tem males que vem para o bem? Como resultado dessa falta duríssima no meia, o “bambi” passou a ficar com 10 em campo, o que facilitou para nós.

Aos 42 minutos do primeiro tempo, Alan Bahia marca nosso gol-motivação, para que o delegado pudesse motivar ainda mais nossos injustiçados da Libertadores. Visto que no segundo tempo, Ferreira decidiu marcar pela primeira vez pelo CAP, estreando logo duplamente, com direito a gol de pênalti, para vingar seu colega que na ocasião do título perdeu um, e uma finalização bizzarra pela direita que resultou no frango do huck .

3×1, mas ainda não era como meu coração pedia, ele pulsava forte e sabia que para me sentir aliviada o “ceninho” tinha que levar 4.

E aí como jogador que passa pelo Clube Atlético Paranaense apreende a escutar os nossos corações dentro de campo, Jean Carlos fez meu coração entrar em delírio e as lágrimas quase caírem de tanta felicidade, com um gol belíssimo ele até pode ser expulso por levantar a camisa que merece todas os meus aplausos.

No finalzinho, outra penalidade, dessa vez para eles, Diego apesar de se destacar no jogo fazendo defesas lindas e agarrando a bola, não espalmando, não teve chance no chute de Amoroso. Mas não tem problema, logo o apito suprou e mais um sorriso no rosto, é hora de ir embora, feliz, satisfeita, vingada. E com a sensação de que as coisas poderiam ter sido diferentes se o jogo da final fosse no Caldeirão desaparecida. Hoje tenho certeza. Quem conhece a força que temos: TEME.

Mas como não se vive de passado, olhemos para frente, nós subindo e eles cada vez mais perto da segundona.

Amanhã é dia de Atlético-Social, nos encontramos às 16 horas na Kyocera Arena para iniciar a campanha “Libertadores de um sorriso” e deixar uma criança duplamente feliz, fazê-la se apaixonar pelo Furacão e dar-lhe um presente pelo seu dia.