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18 set 2005 - 23h18

Vamos deixar de ser pessimistas e derrotistas

Neste domingo, quando voltava de Belo Horizonte para Brasília na direção do meu carro, fiquei ouvindo uma rádio local da capital mineira que recebe opiniões de torcedores cruzeirenses e atleticanos. Ouvi uma quantidade enorme de disparates da torcida cruzeirense, somente porque o Cruzeiro vem de três derrotas seguidas. É sabido que os irmãos Perrella, principais dirigentes do clube azul, estão para a Raposa como o Petraglia está para o Atlético Paranaense. Esses disparates tratavam, em geral, de dois temas: tudo era culpa dos Perrella (esse é o primeiro ano em que o Cruzeiro não está ganhando nada, desde que eles estão lá) e o time vai ser (pasmem!!!) rebaixado. Antes de mais nada, um esclarecimento: em Minas, sou Galo, não Raposa.

Ontem, aqui em Brasília, li artigos postados por torcedores rubro-negros no site Furacão.com. Após tomar conhecimento do conteúdo dos artigos, não pude deixar de lembrar os comentários dos cruzeirenses. No fundo, a mesma coisa. Diferente disso, somente o artigo da colunista Fernanda Romagnoli.

Caros companheiros torcedores, temos de nos lembrar do seguinte:

não dá para ganhar todas as partidas;
não dá para ganhar todos os torneios;
jogador ora joga mal, ora joga bem; e
treinador ora acerta, ora erra.

De repente, a torcida nos leva a acreditar que todo mundo é ruim: é um que não acerta os laterais, é outro que não acerta os passes, é outro que perde gols um atrás do outro. Cheguei a ler um comentário que fala de conspiração, por parte do Lopes. É brincadeira!!!

Quanto ao técnico, temos de considerar que se o Atlético ganhasse do Corinthians, o Márcio tinha dançado. Quem era o primeiro da lista, segundo a imprensa paulista? Lopes. Em suma, se o Atlético vencesse, poderíamos ter um problemão, hoje. Talvez o próprio Lopes temesse isso. Por vezes (a Psicologia explica isso), você pode ter uma oportunidade melhor na carreira, mas não quer se arriscar, se sente inseguro. De repente, lá na parte inconsciente do cérebro do treinador atleticano, isso aconteceu. Sem que percebesse, então, Lopes levou o time à derrota. È uma possibilidade, porque não?!!! Receber uma baita proposta do Timão, mas ao mesmo tempo saber que tem de lidar com MSI, Tevez, Gaviões. Não é mole, não!!!

Há boatos de que os jogadores estariam reclamando das exigências do treinador. Qual treinador, hoje em dia, bem sucedido, não é exigente? Felipão, Parreira, Luxemburgo, Leão são ”bananas”?

Como bem disse Fernanda em seu artigo, jogador é empregado… se não trabalha, rua!!! Chama outro. Claro que não se pode atuar assim, de cara. Há a necessidade de se fazer um diagnóstico. Será que o Lopes está sendo severo demais? Se sim, pode-se chegar a um ponto comum entre comissão técnica, jogadores e diretoria.

Creio que, de fato, há alguma coisa de errado. É grande a quantidade de jogadores no estaleiro. Agora, isso não é culpa da equipe médica, como disse um outro articulista. Jogador somente é liberado se estiver bem. Quem sente dor é o jogador, não o médico. O médico pode ter certeza de que Juquinha está 100%, mas não pode liberá-lo, se Juquinha lhe disser que não está. O que o médico pode fazer é levar suas preocupações para a diretoria, informá-la de que há indícios de que Juquinha está fazendo corpo mole.

Para mim, grande quantidade de jogadores no estaleiro significa uma das duas coisas: ou o elenco está insatisfeito com o técnico ou o ritmo de jogos e treinos está elevado.

Dois outros fatos me chamam a atenção: a quantidade de cartões amarelos que a equipe recebe e a quantidade de faltas bobas feitas nos jogos que, normalmente, redundam em gols do adversário. Orientação psicológica deve ser prestada sempre, não somente quando a equipe está em situação péssima ou em vias de disputar algo importante.

Como já disse, parece que nem tudo está bem. Por outro lado, o mundo não caiu. No jogo com o Santos, quem não deixou o Atlético ganhar foi o Ricardinho, tal qual o Finazzi não deixou o Cruzeiro ganhar. Se o Ricardinho não estivesse jogando ou não estivesse inspirado ou não tivesse as faltas para bater, a vitória seria rubro-negra, com certeza. E se aquele tiro do Thiago Almeida fosse uns milímetros mais para a direita? Gol. Naquele momento, o Santos não iria se recuperar. E todo esse clima de pessimismo, de derrotismo estaria atenuado.

Faço um acompanhamento particular do desempenho de todas as equipes do Brasileirão. Já fiz prognósticos até a última rodada e para todos os jogos. No momento, o Atlético somente não está na posição prevista (15o), porque São Paulo e Vasco estão em recuperação. De acordo com essas minhas previsões, a recuperação não começará em Porto Alegre (se vier, beleza!!!). Começará somente no jogo com o Botafogto. Essa avaliação não é de agora, é a mesma de dez rodadas antes do encerramento do primeiro turno. Considero a posição da equipe adversária na tabela e seu desempenho em jogos em casa e fora. Estamos longe do rebaixamento, acreditem.

Vamos ter mais fé na equipe e na comissão técnica. Se estamos em 17o no momento, tal decorre da opção que a equipe fez, quando da disputa da Libertadores. A derrota para o Timão foi a primeira do returno e é uma derrota normal. Lembremo-nos de que havia um tabu e tabus existem para ser quebrados, não são eternos.



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