Do lado de lá
Atleticano há 35 anos, nunca me imaginei assistindo atletiba na torcida dos coxas. Pois é, moro em Irati e só perco jogo do Furacão por extrema necessidade. Estive no Morumbi na final da Libertadores. Na Arena, em quase todos.
A compra de ingressos sempre é feita por meu sobrinho Alexandre, que me acompanha nos jogos desde os seus quatro anos. No entanto, sábado ele estava viajando com a turma do Colégio Paranaense para o Mato Grosso e fui eu, de Irati para Curitiba, na certeza de encontrar ingresso com os cambistas. Já conheço quase todos.
Para minha surpresa, em frente da Arena, nada. No Mijadão, nem sequer deixavam ultarapassar o cordão da polícia. Já havia estacionado o carro numa garagem particular e atrás do meu, um outro que havia levado a chave. Voltei para perto do Mijadão e resolvi, vou entrar na torcida dos caras. E, lá fui eu, com medo que algum coxa conhecido (Irati tem alguns, mas são raros) me encontrasse e denunciasse. Graças a Deus, nenhum dos meus conhecidos coxas se aventurou em ver o que já se prenunciava. O que eu vi e ouvi, foram motivos de gargalhada até agora. Que pobreza de espírito! Os cânticos da torcida são chochos, sem graça, uma lástima.
Qual é o jogador que vai se empenhar ouvindo umas bobagens daquelas? O time, sofrível e eles sabem disso. Xingavam o Lima (f.d.p.) Dagoberto (bichado) e o Marcão (viado), nada mais. Elogiavam o Tiago, porra que goleiro largo, etc…
Ô torcidinha jaguara! Igual ao time, fraco, fraco. Se não se cuidarem, vão para a segundona. Lá de onde eu estava pude ver a força, a alegria, o entusiasmo e a garra transmitida pelas nossas Fanáticos, Ultras e outras.
É fantástico. Pena que eu estava lá do outro lado e não pude vibrar com os gols e a vitória no final. Mas, sábado, com certeza, estarei do lado da minha nação rubro negra. Assistir jogo na torcida dos coxas espero que nunca mais.
Saudações!