Investimentos
O próximo ano, para o Atlético, independentemente de títulos e colocações em campeonatos, se mostra de importância vital. Isso porque, segundo amplamente divulgado pela imprensa e pelo próprio clube, o Colégio Expoente, em meados de novembro/dezembro de 2006, desocupará o terreno contíguo à Arena, possibilitando ao Atlético dos paranaenses concluir o Estádio/Arena Joaquim Américo. Essa, para mim, a notícia mais importante do ano e o acontecimento que deverá mobilizar toda a nação atleticana.
Defendo a tese de que a construção deve começar no dia seguinte à desocupação. Nem um dia a mais, nem um a menos. No ato. Não há tempo a perder. Assim, o site, a torcida, nós atleticamos, temos que nos unir, em 2006, para auxiliar, para cobrar, para dar sugestões nesse projeto “maior” do Rubro-Negro que é a conclusão do Estádio. Tudo para que possamos aprisionar, na Arena, o grito de campeão, de rubro-negro, para que ele reverbere ainda mais alto em nossos corações e, para desespero dos adversários, em seus ouvidos e mentes, fazendo com que “tremam” ao enfrentar o Furacão das Américas.
A construção do ginásio de esportes (segundo planos da diretoria, veiculados por esse site) pode ficar para depois. A urgência é a conclusão do Estádio, da Arena, a concretização do nosso projeto de galgar esferas ainda mais elevadas em nossas conquistas. É necessária união, dedicação, cooperação e cobrança, também, para que esse foco, esse objetivo, não sofra nenhuma espécie de desvio. Temos que incentivar todos os torcedores que puderem, ainda que com alguma dose de esforço, comprar os pacotes antecipados para que o clube possa programar com antecedência os seus investimentos e não se desfoque de seus objetivos.
A mobilização das massas atleticanas tem que ser exemplar nesse ano de 2006. Temos que ter públicos médios de 15.000 pessoas por jogo, no mínimo. Precisamos arrecadar, mais do que nunca. Segundo os preços praticados na Arena e como exemplo as arrecadações do ano de 2005, um público de 15.000 pessoas por jogo gera uma bilheteria de aproximadamente R$ 250.000,00, sendo que sobram limpos para o Rubro-Negro algo em torno de R$ 150.000,00, após todas as despesas e impostos. Se o time jogar 5 (cinco) vezes por mês em casa, na Arena, com essa média de público, o clube poderá ter uma receita líquida de aproximadamente R$ 700.000,00 (setecentos mil reais por mês), só com arrecadação de bilheteria. Esse valor é suficiente para pagar um bom salário de R$ 35.000,00 para 20 (vinte) bons jogadores.
Se a torcida fizer a parte dela, cumprindo o seu objetivo e seu papel (dever) de trazer 15.000 pessoas por jogo à Arena, o time certamente ficará numa posição bastante avantajada no ano que vem, com bastante folga para os investimentos necessários, já que as vendas recentes dos jogadores já aportaram capital suficiente, em nosso entendimento, para o custeio das obras de conclusão do Estádio (a não ser que o dinheiro tenha sido utilizado para outras finalidades). De outro lado, temos que cobrar da Diretoria um planejamento racional e objetivo para o futebol no ano de 2006.
Neste ano de 2005, em termos do futebol, o Atlético pareceu um navio sem rumo, sem Capitão, não houve um planejamento adequado. As coisas simplesmente aconteceram. Restou evidente aos olhos a falta de planejamento do futebol, a começar pela contratação do inexpressivo Casemiro Mior, culminando com as declarações explosivas do Sr. Petraglia dizendo, ainda na primeira fase da Libertadores, de que o time não tinha a mínima condição de conseguir uma boa posição naquela competição. Vale dizer, pelas declarações do dirigente, a conquista do vice-campeonato da Libertadores foi obra do acaso, do apoio frenético da torcida e da mística da camisa rubro-negra. Mas não havia sido planejada, essa é a verdade.
É certo que o futebol não é uma ciência exata, vive do imponderável, por igual. Porém, um time que chegou ao nível do Atlético não pode mais contentar-se a conquistas e posições que surjam do imponderável, simplesmente da magia do futebol. As nossas conquistas têm que ser fruto do planejamento (o presidente do clube tem que dizer: estamos preparados para fazer um bom papel e disputar com grandes possibilidades de êxito a Copa do Brasil, por exemplo) sério, objetivo e eficaz.
O Atlético, pela grandeza que sempre teve e, agora, mais do que nunca, pelo status de clube de vanguarda, pioneiro e bem administrado que conquistou, não pode se dar ao luxo de contar apenas com o imponderável, ainda que, por sorte, às vezes ele sorria e aconteça para a gente rubro-negra. Por fim, acredito que a construção de um ginásio de esportes será adequada (no tempo certo e se isso for possível – a prioridade é a conclusão do Estádio), mas um prédio-garagem, para o conforto dos torcedores que vão à Arena, num primeiro momento, seria mais últil e bem-vindo.