Reputação
Confesso que estou tão angustiado quanto um torcedor coxa: seu time está na segunda divisão, só lhe resta este campeonato para salvar o ano, e ele sabe que será uma missão dificílima, quase impossível para um time sem nenhuma qualidade.
O nosso Furacão terá missões impossíveis também, e terá de superá-las, se quiser recuperar a confiança da torcida e o prestígio nacional de outrora. O que está acontecendo atualmente é a comprovação da famosa frase de um bigodudo barrigudo que diz que entende de bola: “é nuvem passageira”.
Pois até agora o Atlético não provou que merece entrar no grupo dos grandes times brasileiros. O título de 2001, apenas, não nos credencia a isto. Como não credenciou o Bahia, hoje amargurando a terceira divisão, ou Sport, Guarani e Coritiba, todos na segundona. Ok, o Grêmio e o Palmeiras estiveram lá. Mas provaram que são grandes, sendo campeões já no ano seguinte, com suas torcidas lotando os estádios, e voltando de cabeça erguida, com muita moral. O Atlético dificilmente terá a mesma força para se reerguer, no caso de uma catástrofe neste certame que se inicia logo mais. O Palmeiras, inclusive, depois de seu retorno à elite, já disputa a sua segunda Libertadores seguida. Isso é time grande!
Portanto, acorde, diretoria! Toda a gordura de experimentos, testes, apostas, e sabe-se lá o que mais para este ano, já foi gasta! Não levamos a sério duas competições importantíssimas, uma delas com o caminho escancarado para o Atlético novamente calar a boca da imprensa do eixo fétido! Nunca haverá outra Copa do Brasil tão fácil quanto esta.
Agora acabou a brincadeira! Reforços de peso, e boas campanhas nestes dois campeonatos, se fazem necessários para o Atlético não sucumbir no esquecimento, e não ter que alicerçar-se durante anos num título merecido, mas que certamente ganhará o famoso folclore de que “dois raios não caem no mesmo lugar”.
Ou o Furacão definitivamente ganhará o apelido de “Brisa”…