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21 abr 2006 - 14h15

A queda do império

Em pouco mais de dez anos, aquele que durante muito tempo foi idolatrado como um ícone da genialidade e perseverança, acabou se transformando na figura mais desprezada pela torcida.

Aquele senhor, um empresário de sucesso, bem quisto na sociedade, que começou uma revolução no clube acabou sendo engolido pelos próprios atos e fatos de sua gestão.

Seria este o começo da queda do império? Será que os tiranos iriam sucumbir diante de sua própria ganância?

Hoje percebemos que o Clube Atlético Paranaense tornou-se uma “empresa” visando única e exclusivamente a geração de receita. Receita esta que poucos sabem a que se destina e a quem se destina.

O Clube Atlético Paranaense é uma “empresa”. Empresa que sucumbiu diante do ADAP, do Volta Redonda, do Fluminense e, possivelmente, do Santos na próxima rodada. Muitas coisas acabam ficando sem explicação, como por exemplo, o caso Aloísio, um presente para aqueles que fizeram “a lição de casa”. Histórias e mais estórias são largadas nos meios de comunicação, tentado engambelar a torcida com coisas difíceis de engolir.

Cada vez mais jogadores são tratados como mercadoria (e ainda tem gente que não sabe porque o Dagoberto não quer renovar o contrato), as principais peças são rapidamente negociadas, nos restando apenas o quarto escalão, que não consegue acertar nenhum esquema tático, nisto nem Givanildo vai dar jeito.

Hoje temos o ingresso mais caro do Brasil para uma das apresentações mais medonhas do campeonato. Foi nos usurpado o direito de escolhermos nossa marca de cerveja, foi nos negado o direito à notícia, e principalmente negaram-nos a recompensa da vitória, da alegria e da comemoração, diante de tantas decisões equivocadas, tantas jogadas de marketing pífias.

Talvez no entendimento da atual gestão, uma escolinha na China, seja um feito e tanto, já para o torcedor… Encher o estádio de nomes Kyocera, Sundown, Schincariol, não contabiliza resultado, somente cifra$, e estas cifra$ nós (pobres torcedores) não usufruímos, pois qualquer jogador que vale mais do que R$ 10.000,00 é caro.

No balanço final é fácil perceber que esta gestão é marcada mais por derrotas do que por vitórias. A “empresa” conseguiu um único título realmente significativo (por favor, segundo lugar não é mérito pra ninguém).

Temos um belo estádio, um belo CT, mas eu pergunto: e daí? É para inglês ver?

O descontentamento com a atual gestão, não se resume a este ano, mas a carga vem se acumulando de campeonatos passados, principalmente naqueles que ficamos assistindo os times do eixo se vangloriarem de nossa derrota.

Para aqueles que irão me questionar se é culpa da diretoria que este ou aquele jogador não rende o esperado eu respondo: sim, totalmente. A partir do momento que eles decidem por este ou aquele jogador, a atual gestão assume o risco do fiasco.

Cada vez mais me convenço que temos por obrigação acabar com essa diretoria antes que ela acabe com o Atlético.



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