“Deus dá asas para quem não sabe voar, porque se Ele desse asas à cobra, ninguém dormiria sossegado.”

Nunca vi tanta asneira praticada como as que a nossa diretoria está praticando. Essa nossa diretoria tem uma capacidade extraordinária de complicar coisas fáceis. Coisas simples, elementares e óbvias, tornam-se verdadeiros imbróglios cinematográficos, verdadeiras equações insolúveis. Eles complicam tudo e quando vão se “embananando”, lá vem o velho chavão, o recurso “1995”. Isso está se tornando chato demais! Quando este recurso se esgotar (já está se esgotando), o recurso conclusão da Arena entrará novamente em foco. Cobrem-me os resultados dessa afirmação. Dez por um que isso acontecerá.

De nada adiantará dizer-nos que se não estivermos contentes, poderemos promover o “impedimento”, assim como de nada adiantará dizer que quem decide são eles, eles que mandam. Ora, isso tudo é subjetivo, Sr. Petraglia. Não ouse desafiar a verdadeira nação atleticana, essa o senhor ainda não conhece. O senhor ainda está em seu trono, porque nós ainda estamos permitindo que isso aconteça. Não pode a sua vã consciência imaginar, jamais, qual a verdadeira capacidade da nação atleticana. Assim como nós o ajudamos a escapar da guilhotina, nós também poderemos colocá-lo no cadafalso. Essa sua admoestação paranóica nos assustaria, se fossemos coxas ou paranistas. Aí esse blefe daria certo.

Ninguém exigiu e tampouco exigirá títulos, sempre, embora eles sejam sempre bem-vindos. Mas, também, ninguém nos dará diploma de “otários.”

Senhores dirigentes, a cartada final de vocês é a conclusão da Arena, certo? Que tal deixar que todos nós construamos a Arena? Que tal, se vocês dois, o Sr. Petraglia e o Sr. Fleury, nos deixassem ajudá-los a concluir a Arena? Que tal se vocês tivessem a torcida como cúmplices? Quem foi o extraordinário mentor dessa idéia de afastá-los da nação atleticana, com atitudes cheias de “tremeliques?” Parem de ser teimosos, deixem de lado essas picuínhas.

Esse negócio de elitização econômica não funciona e nunca vai funcionar. Vocês estão perdendo o melhor consumidor na Arena. Querem saber de uma coisa? Grosso modo, rico não come pipoca, não toma cerveja, não grita como gritam os pobres, não sentem como sentem os pobres, não têm a visão de futebol como o pobre tem, e afinal de contas, não era o Atlético o grande elemento democratizante social? Não era nas arquibancadas “quentes” da Arena que todas as camadas sociais se misturavam? Era, porque uma grande camada de atleticanos não se faz mais presente na Arena. E que camada! Deixem de ser teimosos, sejam elementos aglutinadores.

A parte mais engraçada da última entrevista foi aquela em que foi dito, mais ou menos assim: “estamos aguardando uma consulta para ver se construiremos a Baixada para 36 ou para 40 mil lugares.”

Só pode ser piada, porque arranjar um público consumidor de 36 mil lugares, dentro da atual conjuntura nacional, um público de 36 mil lugares que possa pagar os ingressos a esse preço e ver um time desse jeito que nós estamos vendo? Essa foi a maior piada do ano.

Não nos façam de otários. Mas, querem encher o nosso estádio com 36 mil lugares e com muitos atleticanos chorando por não terem conseguido ingresso? Fácil, fácil. Extremamente fácil. Mudem suas atitudes arrogantes, revejam seus posicionamentos, admitam seus erros, abracem-se à grande nação atleticana, sentem-se nas arquibancadas, juntem-se à grande nação atleticana. Tenho certeza absoluta que serão ovacionados, ficarão mais 20 anos, no mínimo, no poder, sem nenhuma contestação.

Como eu disse: “Deus dá asas para quem não sabe voar!”