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31 maio 2006 - 15h12

Gratidão

Analisado as entrevistas do Dr. Mario Celso Petraglia na radio Clube Paranaense e também na coletiva realizada antes do jogo contra a equipe do Juventude de Caxias do Sul, tenho que ressaltar a importância deste grande comandante atleticano.

Para mim Petraglia é sem sombra de dúvidas o maior presidente que o Furacão já teve e, merece nosso respeito e admiração pelo que fez e tem feito pelo nosso querido e amado Clube Atlético Paranaense. Não entendo essa corrente de atleticanos insatisfeitos, que sempre buscam apontar defeitos no Clube ou na diretoria.

Buscar a perfeição é um dever, mas temos que reconhecer o que nosso comandante fez e faz. É claro que também há que se observar que ele é humano e, portanto é passível de erros como todos somos, mas desmerecer os seus méritos e a sua capacidade de trabalhar em prol do que mais amamos que é o nosso clube, é um ato de estultice, pois ninguém se dedica e busca tanto pelo Rubro-Negro como o Dr. Petraglia.

Não trabalho com ele, nem o conheço pessoalmente e acho que nunca o conhecerei, mas me orgulho de tê-lo como presidente do meu clube. Você, atleticano insatisfeito, tenha a certeza que em muitos clubes do Paraná e do Brasil os seus respectivos torcedores queriam e querem ter um comandante como o Dr. Petraglia, a frente de seus times.

O Atlético merece o nosso amor, carinho e respeito e quem comanda também. Para aqueles que gostam de criticas destrutivas, acho que talvez não sabem muito bem o que era o Atlético antes do Dr. Petraglia, e como sou grato a ele por assumir o comando do meu Clube. Eu vou falar um pouco para esclarecer o porque da minha gratidão, mas não vou falar como quem dirige o Clube. Vou falar como um torcedor apaixonado. Um torcedor que já derramou muitas lágrimas pelo Furacão e que sofreu além da conta.

Apesar de ser atleticano desde criança, assisti ao primeiro jogo do Furacão em 1991, já que antes eu não podia ir ao estádio devido às minhas condições financeiras que não me eram favoráveis, além de que os meus pais também não deixavam eu ir pela questão da menor idade. Assisti a um jogo horrível entre Coritiba e Atlético no Couto Pereira, que terminou num pífio 0x0, mas mesmo assim senti o entusiasmo contagiante da maravilhosa torcida Rubro-Negra e depois daquele dia nunca mais deixei de freqüentar os jogos do Furacão.

Naquele ano o Paraná Clube começou a dar as cartas no futebol do estado. Para você ter uma idéia, sempre perdíamos pra eles e achávamos que jogadores como Negrini, Moreno eram craques em nível de seleção. Gostávamos de nos iludir, e a cada vitória contra times de pouca expressão pensávamos que seriamos campeões.

Os jogos contra o Paraná e o Coritiba eram lutas duras e geralmente perdíamos ou empatávamos os confrontos (raramente vencíamos). A cada campeonato montava-se um time mais bisonho que o outro. Nossos craques eram jogadores que nos dias atuais não conseguiriam lugares nem no time B do Atlético, mais conhecido como Ventania (salvo poucas exceções como o Renaldo, Carlinhos Sabiá e o Valdir, é lógico no inicio de sua carreiras, pois hoje acho que todos já devem estar aposentados).

Também posso lembrar outros nomes que desfilavam no gramado do Pinheirão vestindo a camisa do Furacão, e é claro todos eram atletas de qualidade questionável como: Roberson, o Tico (um centroavante que perdia gols de todos as formas possíveis), Wil, Perro, Luis Carlos Martins, Marco Antônio, e alguns jogadores em final de carreira como o Andrade que era do Flamengo entre outros.

Para resumir, em 1995 eu estava lá no alto da Glória, quando naquele domingo de páscoa vi o Furacão ser humilhado pelo Coxa naquele fatídico 5×1, lembro que fiquei tão abalado em ver o Gilmar buscar a bola tantas vezes, no fundo das redes do Atlético que depois do jogo eu não conseguia lembrar onde tinha estacionado o meu carro e demorei muito para encontrá-lo (aproximadamente uma hora e não estava bêbado rsrs…).

Naquela noite, assisti ao programa Mesa Redonda da CNT e vi uma das cenas mais lastimáveis da minha vida. Foi convidado um zagueiro do Atlético para falar sobre a derrota e quando ele dava as devidas explicações sobre o jogo, apareceu um conselheiro do Coritiba e ultrajou os atletas, a torcida e a instituição Atlético Paranaense. Ele entrou ao vivo na programação, frente a frente com o atleta e queria lhe entregar um cheque de dois mil reais como forma de gratificar o Atlético pela derrota, causando constrangimentos ao atleta e revolta no Valmir Gomes que foi a única pessoa que defendeu o time e não concordou com a cena humilhante que se passava (dizia ele que pagaria o bicho aos jogadores do Coritiba pela vitória e que também pagaria aos do Atlético pela mediocridade, uso minhas palavras para transcrever o fato ocorrido, pois já passou muito tempo e não tenho na memória o relato ipses literis). Ouve bate boca, e o conselheiro do Coxa foi retirado do estúdio, mesmo assim ele saiu insultando os jogadores do Furacão e o comentarista Valmir Gomes. Acho que com o Coritiba na segunda divisão ele deve ter muito tempo pra repensar sobre a sua atitude arrogante e prepotente. Bem feito!

Para finalizar, porque não serei mais prolixo do que já fui neste texto, quero dizer que após o Dr. Mario Celso Petraglia assumir, o Atlético mudou, hoje somos temidos, somos respeitados, e mais, somos invejados! Se antes éramos motivos de chacotas por nossos adversários, hoje somos considerados modelos por tudo o que construímos e por nossas conquistas em campo. Já chorei muito pelo Atlético, e sei que sempre vai haver altos e baixos no futebol, mas penso que o Dr. Petraglia merece o respeito de um pai e por isso sou grato a ele.

Se você não concorda comigo lembre-se bem da época onde só ganhávamos o Paranaense e mais nada, é muito fácil atirar pedras e apontar soluções teóricas e mirabolantes, mas é difícil edificar de maneira sólida e voltada para o futuro algo torto e inacabado. Pense e lembre-se, se você tem a dignidade de dizer que torce por um Clube considerado grande no estado e no Brasil, clube que cresceu a passos largos. Queira ou não queira, você deve ser grato a Mario Celso Petraglia. Obrigado presidente!



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