Toma teu rumo, Dagoberto!
Piá bom de bola surgido no PSTC de Londrina. Teu coração nunca foi atleticano, afinal, assim como em Londrina, em tua cidade, Dois Vizinhos, os torcedores torcem pelos times de São Paulo, e duvido que não sejas um desses! E assim como tal, sempre sonhaste em jogar no eixo fétido.
Pois vá, piá! Pode ter certeza de que aqui não deixarás saudades. O quê aqui provou além de ser um piá habilidoso, mas pouco objetivo, promissor, mas pouco dedicado? O quê aqui conquistou, afinal? Títulos paranaenses comemoramos até com jogadores do naipe de Ratinho, Lobatón, Róberson, Guni, Fião, Oséas (que saudade!), e tantos outros folclóricos. De ti esperávamos mais, piá!
No único grande título em que estavas no elenco rubro-negro eras um imberbe reserva, cujo futebol pouco ajudaria, pois o time de 2001 já era uma máquina. Em outras oportunidades, quando, aí sim, tu eras peça fundamental, como em 2004, o teu “cai-cai” o traiu, e tu te machucaste. Poderia ter nos dado uma alegria naquele ano, porém uma pancada provocada pela tua fama de “ludibriador de árbitros” tirou-te dos gramados.
Acredito, no entanto, que se não te machucasses, não ofuscaria o brilho do Coração Valente, esse sim, um ídolo eterno. Mesmo com uma técnica muito menos refinada do que a tua, porém goleador, conquistou a massa porque jogava com o coração. Coisa que tu não sabes o que é, piá da terra dos pé “vermei”.
Vá-te! Pega tuas trouxas e dá as costas àquele que te deu um futuro. Levas contigo a tua antipatia e ingratidão. E não volta nunca mais, pois aqui não mais serás bem-vindo. Não terás carta branca para aqui encerrar a promissora, mas ofuscada, carreira.