Tomara que a rotina se quebre
Domingo à noite, passado das 21 horas. Programa Fantástico, da Rede Globo. Começou os gols da rodada. Lá vai: Vasco 1 x 0 no Atlético; vem o empate, 1 x 1. Em seguida, a voz marcante de Léo Bastista anuncia: “aos 45 minutos do segundo tempo, o Vasco consegue a vitória, 2 x1”.
Virou rotina nessas últimas rodadas após Copa do Mundo assistir aos gols das vitórias dos adversários sobre o Atlético. Não adianta a torcida gritar, sofrer, gastar paciência. Infelizmente nossa força não chega aos pés dos jogadores. Não temos como guiá-los. O que se viu em São Januário, este torcedor já previa na sexta-feira, quando do anúncio da saída de Givanildo como técnico. Um alívio enfim. Já não era de tempo.
Chega Vadão novamente ao Furacão. Poder ser a solução ou mais uma decepção, para tentar reverter esse ano de pura frustração. O novo técnico cogitou a rever o caso Dagoberto. Diz que tentará reintegrá-lo à equipe, mas é difícil quando o jogador não pretende colaborar. Demonstrou sentimento de “saída” quando fez de tudo para cair fora do barco, indo tudo parar na Justiça o precioso valor de se vestir a camisa rubro-negra por amor ou não. Fica a expectativa na capacidade de o novo “antigo” conhecido da torcida conseguir reverter certas situações extra-campo, que contribuem muito contra a imagem do Atlético quando não são devidamente resolvidas ou administradas.
Que esta nova “era” seja mil vezes melhor do que a encerrada semana passada. Pois até ontem tinha um resto de desânimo e desconjuntura deixada pelo graças a Deus ex-técnico de origem longínqua que jamais esteve preparado para contribuir à altura do Atlético. Que Vadão torne-se nas próximas rodadas um “quebra-rotina”; o fim de um ciclo horrendo. Esperamos em dezembro estarmos em melhor situação e esquecer de uma vez 2006.