Um amor incondicional
Segundo o dicionário Melhoramentos da Língua Portuguesa, a palavra PAIXÃO significa sentimento forte, que não dura por muito tempo. No mesmo dicionário a palavra AMOR significa sentimento que impulsiona as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno e grandioso.
Mas para que aulas de português num texto sobre futebol? Fiz essa comparação para dizer que a torcida atleticana, apesar de tudo, sente amor verdadeiro pelo seu time. A grande nação atleticana tem orgulho, este sim ferido e muito, mas jamais abandonará seu time, seja qual for à circunstância.
Tudo o que a diretoria fez contra a torcida em 2006 desde a promessa de um super time até a manutenção do técnico Givanildo de Oliveira por quase 4 meses no comando da equipe é superado a cada jogo do Atlético dentro da Kyocera Arena. Segundo noticiado aqui no Furacao.com e no Jornal do Estado da semana passada a média de público neste ano é de 8808 pagantes por jogo, se contarmos apenas o Campeonato Brasileiro essa média sobe para 10194 pagantes.
Não gosto de fazer comparações de times num espaço totalmente rubro-negro mas o Atlético na 14º colocação no Brasileirão a um passo da Zona de Rebaixamento tem média maior que o Paraná Clube que é o 2º colocado na tábua de classificação. Isso prova que mesmo com as adversidades que passamos neste ano não existe torcida que mais apoia seu time do que a fanática torcida atleticana.
O amor incondicional que a torcida demonstra em número em 2006, e em toda a sua história, não é retribuído pela atual diretoria do Atlético. Sinceramente não entendo onde eles (a diretoria) querem chegar. O time é um amontoado de pangarés (expressão utilizada pelo Presidente do Coritiba no ano passado) que não tem qualidade e o pior não tem vontade e nem tesão de vestir o manto sagrado. O mínimo que poderiam exigir desses atletas é vontade já que qualidades não possuem mesmo.
Se conselho fosse bom não era dado e sim cobrando. Seguindo a mesma linha de quase todos os colunistas do site, se eles me permitem, é claro, a diretoria atleticana tem que se mexer o quanto antes para não termos uma tragédia no final de 2006. Todos que escrevem algo sobre o Furacão há muito tempo falam sobre os riscos deste final de campeonato brasileiro, ainda temos muitas rodadas para o seu término, mas do jeito que as coisas andam pelos lados do CT do Caju, teremos baixas irreparáveis que ninguém gostaria de presenciar.
Se Deus me permite, que Ele nos livre deste mal que é a segunda divisão, mas para que isso aconteça todos tem que se unir para um bem comum o que no exato momento está muito difícil de acontecer, infelizmente.