O último tango em Paris
Apenas a um ponto do último colocado, com um elenco medíocre e totalmente desmotivado, comandado por um técnico fraco, que sobrevive na profissão graças a efêmeras conquistas passadas, e bem passadas e sumariamente demitido dos últimos empregos, nosso Atlético marcha a passos largos para a segunda divisão.
Impressionante as semelhanças entre o Atlético deste ano, e a performance dos ervilhas ano passado, até na curva que está sendo escrita: enquanto os últimos colocados criam forças e vergonha na cara, livrando-se das posições que levam à segunda divisão, aos trancos e barrancos, nosso querido Atlético desce o morro, atropelando tudo que encontra a sua frente, para ficar acomodado nos malditos últimos lugares, inerte, sem reação e sem esperança.
Não ganhou duas vêzes seguidas este ano, e quando ganhou, apenas bateu em cachorro morto. Não se vislumbra uma esperança sequer! Não se aguarda a chegada de um grande jogador; não se espera o retorno de um craque lesionado, nada. Absolutamente nada! Aguarda-se apenas o desenlace final. Fizeram dinheiro com o pouco que tinha de bom, deixando-nos apenas o rebotalho, ou seja coisas inúteis, inservíveis: atletas em litígio com o clube; atletas lesionados e/ou desmotivados, e um bando, legítimo plantel, sem a mínima condição de vestir a camisa rubro-negra.
Enquanto isso, bem enquanto isso, o ser supremo, o Primeiro e Único, se manda pra Paris, atrás de dinheiro emprestado para terminar as obras da Arena, visando a Copa do Mundo de 2014. Péraí, é sério? – é sério sim senhor! – O homem está preocupado com uma copa que vai acontecer daqui há 8 anos, cujas possibilidades de acontecer no Brasil são remotíssimas, e não vê o time à beira do abismo. Sabe-se lá quais interesses estarão embutidos aí.
E pior! diante de um quadro sinistro quanto este, tem gente que ainda defende este simulacro de diretoria, composta por um só diretor, o qual manda e não pede, onde todos obedecem-no, e não tem um sequer com moral e coragem suficientes para dar um murro na mesa, e contrapor as vontades, anseios e devaneios deste pequeno imperador, travestido de atleticano.
Deus salve o Atlético.